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Criptomoedas

Bitcoin cotado a R$ 325.179,47 em meio a incertezas e cautela

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Na manhã desta quarta-feira, 21 de agosto de 2024, o Bitcoin, a principal criptomoeda do mercado, está cotado a R$ 325.179,47. Este valor reflete um mercado que continua a ser influenciado por uma série de fatores, tanto técnicos quanto macroeconômicos, que têm mantido os investidores em alerta.

O sentimento de FUD (Medo, Incerteza e Dúvida) voltou a se intensificar entre os traders de Bitcoin após uma nova transferência significativa de Bitcoins de uma carteira relacionada à Mt.Gox, o que aumentou a pressão de venda no mercado. A Mt.Gox, uma antiga exchange de criptomoedas, foi responsável por uma das maiores perdas de Bitcoin na história, e a movimentação de ativos associados a ela tende a gerar apreensão entre os investidores.

Além disso, os dados on-chain mostram uma taxa de financiamento ponderada por OI negativa para o BTC, sinalizando um sentimento de baixa no mercado. Isso sugere que os investidores estão mais cautelosos, possivelmente esperando por uma maior clareza sobre o futuro econômico dos Estados Unidos, especialmente com a aproximação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) e as falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole, programado para hoje.

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Beto Fernandes, analista da Foxbit, destacou que a especulação deu lugar à cautela em função das expectativas em torno das declarações do FOMC e de Powell. Ele observou que, embora alguns representantes do FED tenham expressado preocupações sobre o impacto das altas taxas de juros no mercado de trabalho, é improvável que Powell adote uma postura significativamente mais dovish. No entanto, qualquer sinalização de um corte agressivo nas taxas de juros poderia ser bem recebida pelo mercado, levando a uma possível valorização do Bitcoin.

Segundo Fernandes, esse clima de incerteza também está refletido no comportamento das “baleias” — grandes detentores de Bitcoin. Embora esses investidores estejam em fase de acumulação, os dados on-chain indicam que a intensidade de compra ainda não é robusta. Isso sugere que o “Smart Money” está entrando no mercado, mas com cautela, talvez esperando por sinais mais claros do ambiente macroeconômico antes de fazer movimentos mais significativos.

André Franco, especialista do MB Research do Mercado Bitcoin, destacou alguns números relevantes no mercado cripto. Ele observou que houve um aumento de 19 mil Bitcoins nas mãos de investidores de longo prazo (LTH), enquanto o Ethereum viu uma redução de 24 mil ETH em staking. Além disso, ETFs de Bitcoin registraram uma entrada de US$ 88 milhões, enquanto ETFs de Ether tiveram uma saída de US$ 6,5 milhões. Esses movimentos sugerem uma dinâmica interessante de entrada e saída de capital em diferentes ativos digitais, refletindo o sentimento de cautela que permeia o mercado.

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Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget, apontou para a análise técnica, afirmando que a maior resistência no preço do Bitcoin no momento é a média móvel de 20 períodos. Segundo ele, é arriscado fazer compras abaixo dessa linha, e somente uma quebra acima desse nível poderia indicar potencial para novas altas.

O analista Manish Chhetri acrescentou que o Bitcoin continua a se consolidar entre os níveis de retração de Fibonacci de 38,2% e 61,8%, respectivamente, em US$ 57.115 e US$ 62.066. Ele sugeriu que, se o BTC conseguir fechar acima de US$ 62.066, uma nova alta em direção à máxima de US$ 65.596 poderia estar nos planos, com uma possível valorização adicional de 6% para testar a resistência semanal em US$ 69.648. Por outro lado, uma falha em ultrapassar esse nível poderia levar o preço de volta a US$ 57.115, com um possível recuo de até 19% para revisitar o suporte diário em US$ 49.917.

Neste cenário, o mercado de criptomoedas continua a ser caracterizado por incertezas e volatilidade. Além do Bitcoin, algumas altcoins estão apresentando desempenho expressivo. No dia 21 de agosto de 2024, as criptomoedas com maior alta são Bittorrent (BTT), Tron (TRX) e Polygon (MATIC), com valorizações de 21%, 12% e 7%, respectivamente. Em contrapartida, Brett (BRETT), Sui (SUI) e Floki (FLOKI) registraram as maiores quedas, com desvalorizações de -10%, -5% e -4%.

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Com o preço do Bitcoin a R$ 325.179,47, R$ 1.000 compram 0,0031 BTC e R$ 1 compram 0,0000031 BTC. A cautela dos investidores deve prevalecer enquanto aguardam os desdobramentos dos eventos macroeconômicos e o impacto que eles terão no mercado de criptomoedas.


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