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PAC 3: Projetos parados marcam mandato de Lula

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  • O presidente Lula demonstra crescente inquietação. Sem consolidar uma marca no terceiro mandato, Lula revisita o PAC, buscando resultados concretos para apresentar à população e fortalecer sua gestão
  • No entanto, o ritmo lento dos projetos sugere que essa busca pode terminar em frustração
  • Um levantamento feito pelo Estadão/Broadcast, com base em dados da Casa Civil, revela motivos de preocupação

O presidente Lula demonstra crescente inquietação. Sem consolidar uma marca no terceiro mandato, Lula revisita o PAC, buscando resultados concretos para apresentar à população e fortalecer sua gestão. No entanto, o ritmo lento dos projetos sugere que essa busca pode terminar em frustração.

Um levantamento feito pelo Estadão/Broadcast, com base em dados da Casa Civil, revela motivos de preocupação. A pasta, liderada por Rui Costa, tem enfrentado dificuldades na execução do PAC, que no passado já foi sinônimo de atrasos e cancelamentos de obras. Agora, o cenário parece repetir-se, com a máquina pública, sob o comando do governo petista, novamente incapaz de impulsionar projetos prioritários.

Dos 11.656 projetos anunciados há um ano com o relançamento do PAC, 5.666 permanecem em fase de “ação preparatória”, ou seja, ainda não saíram do papel. A situação pode ser ainda mais grave, uma vez que algumas obras listadas como “em execução” estão, na verdade, paradas, como a ponte sobre o Rio Juruá, no Acre, e os acessos à ponte sobre o Rio Guaíba, no Rio Grande do Sul.

Isso sugere confusão ou distorção nos dados divulgados. Em agosto de 2023, Lula afirmou que o novo PAC seria o marco inicial de seu governo. Se for assim, o governo Lula ainda não teve um início efetivo — e o presidente parece ciente disso.

Em junho deste ano, se queixando da “burocracia”, cobrou mais velocidade: “O mandato é só de quatro anos, daqui a pouco a gente termina o mandato e não consegue executar”.

Promessas do novo PAC

Não é apenas uma questão de burocracia. O PAC de Lula promete até R$ 1,7 trilhão até 2026, com recursos provenientes do Orçamento, estatais, financiamentos e investimentos privados. No entanto, os recursos da União estão cada vez mais pressionados por despesas obrigatórias, como o aumento real do salário mínimo e a manutenção dos benefícios sociais. Além disso, as emendas parlamentares, agora quase equivalentes aos investimentos, estão em disputa entre o Congresso, o Planalto e o STF.

O governo busca uma solução para a transparência das emendas após o STF suspender pagamentos, na esperança de utilizar esses recursos no PAC. No entanto, isso pode não ser suficiente para tornar o PAC um verdadeiro símbolo da administração Lula, podendo, ao contrário, destacar a dificuldade do governo em cumprir suas ambiciosas promessas.

PAC

O PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, é uma iniciativa do governo federal brasileiro criada para impulsionar o crescimento econômico e promover o desenvolvimento infraestrutural do país. Lançado pela primeira vez em 2007 durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o PAC, contudo, visa acelerar a execução de projetos de infraestrutura e outras áreas estratégicas.

O programa inclui investimentos em diversos setores, como transportes, energia, saneamento e habitação. A ideia é aumentar a eficiência do governo em implementar projetos e obras públicas, reduzindo a burocracia e acelerando o desenvolvimento econômico.

Ao longo dos anos, o PAC passou por diferentes fases e reformulações, refletindo mudanças nas prioridades e desafios econômicos do país. O PAC 3, a versão mais recente, busca atualizar e expandir as iniciativas anteriores para enfrentar novos desafios e promover um crescimento sustentável.


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