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- O Brasil acumulou 1,861 milhão de sacas de café não embarcadas em agosto devido a atrasos nos embarques, resultando em uma perda estimada de R$ 2,651 bilhões em divisas
- O Porto de Santos, um dos principais terminais de exportação do país, registrou o maior tempo de espera de 29 dias para navios carregados de café
- Apesar dos atrasos, o Brasil conseguiu exportar 3,774 milhões de sacas de café em agosto de 2024
O Brasil enfrentou um significativo atraso nas exportações de café, acumulando 1,861 milhão de sacas de 60 kg não embarcadas em agosto, conforme relatado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Este cenário resultou em uma perda estimada de R$ 2,651 bilhões em divisas, considerando que o preço médio da saca alcançou US$ 256,55, com o dólar cotado a aproximadamente R$ 5,552.
Os associados do Cecafé representam 77% dos embarques totais de café do país, o que evidencia a relevância da entidade na exportação desse produto essencial. Um levantamento do Boletim Detention Zero (DTZ), desenvolvido pela startup ElloX Digital em colaboração com o Cecafé, revelou que 197 dos 287 navios programados para deixar os principais portos brasileiros carregados de café sofreram atrasos e tiveram que alterar suas rotas.
Porto de Santos
O Porto de Santos, um dos principais terminais de exportação do país, registrou o maior tempo de espera, chegando a 29 dias. Este porto teve 110 embarcações com café — representando 86% do total — que precisaram modificar suas agendas. Desde agosto de 2023, o número de atrasos no Porto de Santos aumentou em 93%, quando 57 navios enfrentaram problemas semelhantes.
Apesar desses desafios, o Brasil conseguiu exportar 3,774 milhões de sacas de café em agosto deste ano, conforme os dados fornecidos pela Cecafé. Contudo, os atrasos significativos nas exportações levantam preocupações sobre a capacidade do país de atender à demanda global e de maximizar suas receitas em um mercado competitivo.
Cecafé
O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) é uma entidade que representa os exportadores de café no Brasil. Fundado em 1990, o Cecafé tem como principais objetivos promover a competitividade do setor de exportação de café, oferecer suporte e informações aos seus associados, e atuar em defesa dos interesses do segmento no âmbito nacional e internacional. A entidade também desempenha um papel importante na coleta e divulgação de dados sobre o mercado de café, contribuindo para a formulação de políticas públicas e estratégias que visam o fortalecimento do comércio de café brasileiro no exterior.
Café e sobremesa aumentam em 36% gastos dos trabalhadores
A pesquisa + Valor, feita pela Ticket, marca da Edenred Brasil de Benefícios e Engajamento, em mais de 4,5 mil restaurantes de todo o País, revelou que o custo do café e da sobremesa correspondem a 36% do preço médio da refeição completa no horário do almoço, que é R$ 51,61 em 2024 (considerando a média do valor do prato, em todos os tipos de serviços, com bebida, café e sobremesa). Juntos, os dois complementos custam, em média, R$18,37.
“Ao consumir esses dois itens em suas refeições diárias, considerando uma média de 22 dias úteis, o trabalhador desembolsa cerca de R$ 404, o equivalente a quase oito refeições completas”, comenta Natália Ghiotto, Diretora de Produtos da Ticket.
A sobremesa – um doce ou uma fruta – é o que mais pesa nesse montante, com preço médio de R$13,08 ou seja, 25% do valor total da refeição. Já o cafezinho, que custa, em média, R$ 5,29, corresponde a 10%.
“Ao optar pelos complementos, vale considerar, além do equilíbrio nos gastos, a qualidade nutricional das refeições”, analisa Natália.
No recorte por região, o Sul é a região em que a sobremesa e o café possuem maior representatividade no valor total da refeição, de 40%, enquanto no Sudeste, ocupou a última posição, a fatia é de 35%. Na análise por cidades, em Belo Horizonte (MG) os complementos custam mais da metade do preço total do prato: 53%, enquanto em Campo Grande (MS) essa representatividade é de 26%. “A + Valor contribui com informações que ajudam os trabalhadores a se organizarem com relação aos benefícios de refeição que recebem das empresas onde trabalham”, finaliza a diretora.
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