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Os estoques de vacinas da Covid-19 do SUS caíram após o governo Lula perder imunizantes pelo fim da validade.
Nesta quarta-feira (23), foi informado que os estoques de vacinas da Covid-19 do SUS caíram após o governo Lula perder imunizantes pelo fim da validade e reduzir entregas de doses a estados e municípios.
Segundo informações, as unidades da federação que responderam sobre a oferta de imunizantes, apontaram falta total de doses ou estoques praticamente sem nada.
O governo do Rio Grande do Sul por exemplo, afirmou que não recebe esse tipo de vacina desde o mês de junho, enquanto Santa Catarina, Minas Gerais e Ceará disseram que o Ministério da Saúde enviou em julho o último lote para crianças.
Essa escassez ainda é maior para o modelo destinado ao público com menos de 12 anos.
A falta de doses ocorre no ano em que o governo inseriu as vacinas da Covid-19 no calendário infantil. O ministério ainda planejava entregar 70 milhões de doses atualizadas neste ano, mas até o momento repassou cerca de 8 milhões de vacinas da Moderna adaptadas à variante XBB. Dados do ministério apontam aplicação de cerca de 3,1 milhões desses imunizantes.
Crise nas vacinas: 8 mi de doses da COVID-19 vencem sob Governo Lula
Os últimos dados do Ministério da Saúde indicam um preocupante aumento nos casos de COVID-19 no Brasil durante a semana epidemiológica de 2 a 6 de setembro de 2024. Em meio a esse cenário, a falta de vacinas se torna um fator crítico. Dessa forma, evidenciado pela gestão inadequada que levou à perda de 8 milhões de doses do imunizante. Este desperdício de recursos representa não apenas uma falha administrativa, mas também um risco significativo à saúde pública.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) revelou que 6 em cada 10 cidades brasileiras enfrentam escassez de vacinas básicas. Em particular, a situação se agravapara vacinas essenciais, como a contra Varicela e a vacina para COVID-19 em crianças. Estas, que não estão disponíveis em milhares de municípios. A compra de 10 milhões de doses da Coronavac, feita em setembro de 2023, resultou em um investimento de R$ 260 milhões. Ainda, mesmo quando a vacina já não era mais eficaz contra as variantes do coronavírus. Desde outubro de 2022, apenas 260 mil dessas doses foram efetivamente aplicadas, evidenciando uma enorme ineficiência no processo de vacinação.
Processo de aquisição
O processo de aquisição das vacinas enfrentou atrasos significativos, com as doses sendo entregues meses depois do previsto, o que complicou ainda mais a campanha de multivacinação infantil. A combinação da falta de vacinas com o recente aumento no número de casos pode levar a um crescimento nas taxas de mortalidade por COVID-19, um cenário que já começa a se refletir nos dados do Ministério da Saúde.
Um levantamento realizado entre 2 e 11 de setembro, abrangendo 2.415 cidades, apontou que a vacina contra Varicela é a mais escassa, ausente em 1.210 municípios. A imunização infantil contra a COVID-19 também está em falta em 770 cidades, com uma média de 30 dias de atraso na entrega. Regionalmente, o Sudeste do Brasil é o mais afetado, com 68,5% de falta de imunizantes, seguido pelo Sul e Nordeste, ambos com 65,1% de escassez.
Além disso, a vacina meningocócica C está em falta em 546 municípios, com um atraso médio de 90 dias. Outras vacinas importantes, como a tetraviral, a hepatite A e a DTP, também enfrentam escassez, o que levanta preocupações sobre a capacidade do sistema de saúde em lidar com surtos de doenças preveníveis.
CNM enfatiza a responsabilidade
A CNM enfatiza que a responsabilidade pela aquisição e distribuição das vacinas é do Ministério da Saúde, enquanto os estados devem fornecer os insumos necessários para a aplicação. A situação atual destaca a urgência de uma resposta eficaz para garantir a imunização da população e mitigar os impactos do aumento de casos de COVID-19 no país.
“É importante lembrar que a vacinação foi um dos eixos do desfile de 7 de setembro deste ano. Apesar disso, o que verificamos, infelizmente, foi a falta de imunizantes essenciais há mais de 30 dias na maioria das cidades pesquisadas e ainda o risco de retorno de doenças graves, como a paralisia infantil”, destacou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
A falta de planejamento e execução na gestão de vacinas não só compromete a saúde pública, mas também gera uma desconfiança crescente na capacidade do governo em proteger a população. A hora de agir é agora.
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