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Boeing considera vender seu setor espacial após anos de contribuições

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  • A Boeing está considerando vender seu setor espacial, incluindo a espaçonave Starliner e operações da Estação Espacial Internacional, devido a desafios financeiros
  • Sob o novo CEO Kelly Ortberg, a empresa busca otimizar suas operações e enfrentar uma crise financeira crescente, com demissões em cargos estratégicos
  • A ascensão da SpaceX tem impactado os contratos da Boeing com a NASA, exacerbando a pressão sobre a empresa para se reinventar
  • A Starliner enfrenta sérios contratempos, incluindo adiamentos de voos e críticas, afetando sua viabilidade como alternativa ao Crew Dragon da SpaceX
  • A NASA planeja descontinuar a Estação Espacial Internacional até 2030, levantando incertezas sobre o futuro das operações espaciais da Boeing

A Boeing, uma das empresas mais icônicas do setor aeroespacial, que historicamente prestou serviços cruciais à NASA, está agora considerando a venda de seu negócio de viagens espaciais. Com um legado que inclui levar os primeiros humanos à Lua, a companhia enfrenta um cenário desafiador que a leva a repensar sua estratégia.

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De acordo com informações do The Wall Street Journal, a Boeing está analisando a possibilidade de negociar ativos espaciais. Incluindo a espaçonave Starliner, que tem enfrentado críticas e problemas significativos, além das operações de suporte à Estação Espacial Internacional (ISS).

A avaliação de venda surge sob a nova liderança do CEO Kelly Ortberg, que assumiu o cargo em agosto e busca otimizar a empresa em um momento de crescente crise financeira. Recentemente, o principal sindicato que representa os funcionários da Boeing rejeitou duas propostas de acordo. Dessa forma, o que resultou na continuidade de uma greve que prejudica a produção de aeronaves.

Estouros de orçamento

Além disso, projetos espaciais e de defesa têm sido impactados por atrasos e estouros de orçamento, exacerbando as dificuldades da empresa.

A competição acirrada, especialmente com o crescimento da SpaceX de Elon Musk, tem minado contratos anteriormente garantidos pela Boeing com a NASA. A Starliner, em particular, sofreu revezes em sua primeira missão com humanos, deixando astronautas aguardando retorno em uma nave da SpaceX até 2025.

Apesar dos desafios, a Boeing continua responsável pelo Sistema de Lançamento Espacial (SLS), um foguete de grande porte desenvolvido para futuras missões lunares sob a missão Artemis. Embora tenha enfrentado problemas durante sua produção, o SLS realizou um voo-teste bem-sucedido há cerca de dois anos.

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Ortberg tem enfatizado a necessidade de uma abordagem mais focada, sugerindo que a empresa deve priorizar qualidade sobre quantidade em seus projetos.

Ele declarou em uma chamada com analistas: “É melhor fazermos menos e fazermos melhor do que fazermos mais e não fazermos bem.” Esse foco levou à demissão do chefe de defesa e negócios espaciais da Boeing em setembro, em um esforço para reestruturar uma unidade que, embora produza caças e helicópteros para o Pentágono, sofreu um prejuízo significativo de US$ 3,1 bilhões.

Transferir programas espaciais

Antes da ascensão de Ortberg, a Boeing já havia discutido parcerias com a Blue Origin, a empresa de Jeff Bezos, para transferir alguns programas espaciais da NASA. A Blue Origin tem investido pesadamente na construção de seus próprios foguetes para competir com a SpaceX pelos contratos da agência espacial americana.

O futuro da Starliner e das operações relacionadas à ISS permanece incerto, com a NASA considerando a possibilidade de descontinuar a Estação até 2030. A agência também está avaliando o que precisa ser feito para que a Starliner receba aprovação, após anunciar que não realizará voos em 2025, frustrando um acordo anteriormente estabelecido com a Boeing.

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Originalmente, a Starliner deveria ser uma alternativa ao Crew Dragon da SpaceX, mas, diante dos atuais desafios, essa expectativa parece distante.

Assim, a Boeing se encontra em uma encruzilhada, onde a decisão de vender seu setor espacial pode redefinir seu futuro, enquanto a empresa busca estabilidade e eficiência em um ambiente cada vez mais competitivo.


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