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Com as eleições presidenciais dos Estados Unidos marcadas para o próximo dia 5 de novembro, o mercado de previsões descentralizado Polymarket se tornou o centro das atenções. Dados mostram que mais de 50% das ações de “Sim” para uma vitória de Donald Trump são controladas por apenas cinco grandes investidores, chamados de “baleias”. De acordo com Domer, um apostador político pseudônimo, isso pode resultar em um pagamento de mais de US$ 81 milhões para essas contas caso Trump vença.
Em um post no X (antigo Twitter), Domer afirmou: “As ações de ‘Sim’ para Trump estão altamente concentradas. Cinco contas grandes possuem 50% dos 162 milhões de ações — incluindo a ‘Le Giga Baleia’, que detém quase 1/3 sozinho. Esses cinco receberão US$ 81 milhões se Trump vencer.” Essa concentração contrasta com as ações de Kamala Harris, cuja maior concentração nas cinco contas principais é de apenas 18%, e o maior acionista detém 4,4%.
Entidades misteriosas e confiança na vitória de Trump
Domer indicou que pelo menos quatro das seis principais contas de grandes investidores pró-Trump podem ser controladas por uma única entidade, com grande confiança em sua vitória. “Meu palpite é que se trata de um verdadeiro crente, muito rico e tentando fazer uma grande aposta. Ele está ficando mais confiante conforme o preço sobe e está em um ciclo de viés de confirmação”, explicou.
Discrepância entre previsões e pesquisas
Atualmente, as chances de vitória de Trump no Polymarket estão em 56,9%, enquanto Harris tem 43%. No entanto, outros mercados de apostas, como o Kalshi, mostram uma disputa mais acirrada, com 54% das apostas a favor de Trump e 46% para Harris. Em contraste, pesquisas tradicionais, como a média nacional do The New York Times, indicam um cenário mais equilibrado, com Harris com 49% das chances e Trump com 48%.
Essa diferença entre previsões descentralizadas e pesquisas tradicionais foi comentada por Elon Musk, que destacou que mercados de previsões podem oferecer maior precisão, pois os investidores “votam com suas economias”.
Impacto na volatilidade do mercado de criptomoedas
A volatilidade nas previsões do Polymarket, combinada com as recentes pesquisas que mostraram Harris liderando por uma margem estreita, teve repercussões no mercado de Bitcoin (BTC). Segundo Valentin Fournier, analista da BRN, o movimento de correção do Bitcoin se deveu em parte à possibilidade de uma derrota de Trump, visto como um candidato pró-cripto.
“No final da semana passada, pesquisas recém-divulgadas mostraram Harris com uma liderança estreita de 2–3%. Dado o posicionamento pró-cripto de Trump, sua possível derrota é vista como um revés de curto a médio prazo para o potencial de crescimento do Bitcoin”, disse Fournier.
Alguns analistas se referiram ao movimento de alta do Bitcoin em outubro como “Trump pump”, já que a valorização do preço parecia correlacionada ao aumento das chances de vitória de Trump. No dia 29 de outubro, o preço do Bitcoin ultrapassou US$ 73.600, o nível mais alto desde março de 2024, ficando a apenas US$ 200 de um recorde histórico. No entanto, outros acreditam que essa alta é apenas um “hedge Trump”, sem fundamentos macroeconômicos suficientes para sustentar um novo recorde após as eleições.
A eleição de 5 de novembro promete não apenas definir o próximo presidente dos EUA, mas também influenciar o cenário regulatório e a trajetória de crescimento das criptomoedas nos próximos anos.
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