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A Prio, empresa de exploração e produção de petróleo, divulgou um lucro líquido de US$ 165 milhões no terceiro trimestre de 2024, representando uma queda de 52% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A retração reflete a redução na produção e nas vendas da companhia.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou US$ 321,5 milhões entre julho e setembro, uma queda de 48% na base anual. O Ebitda ajustado, que desconsidera os efeitos não recorrentes, também caiu 48%, atingindo US$ 327,6 milhões. A margem Ebitda ajustada recuou 11 pontos percentuais, alcançando 69%.
A receita líquida da Prio foi de US$ 474 milhões no trimestre, 40% menor do que no mesmo período de 2023. A companhia informou que a redução de 30% na produção e a consequente queda de 33% nas vendas foram os principais fatores para a diminuição na receita. O campo de Frade foi responsável por 56,5% da receita total, Albacora Leste contribuiu com 29,5% e o cluster Polvo e Tubarão Martelo com 14%.
Resultado financeiro
O resultado financeiro da Prio foi negativo em US$ 27 milhões no período, frente a US$ 17 milhões negativos no ano anterior, impactado por juros de empréstimos e financiamentos, devido à maior posição de dívidas no terceiro trimestre de 2024. A dívida líquida da petrolífera no encerramento de setembro era de US$ 789 milhões, US$ 49 milhões a mais do que o registrado ao fim do segundo trimestre. A alavancagem, medida pela dívida líquida por Ebitda ajustado, encerrou o período em 0,5 vez, 0,1 ponto percentual maior do que no trimestre anterior.
A produção total da Prio entre julho e setembro foi de 70.273 mil barris de óleo equivalente por dia (boepd), representando uma queda de 29,7% em relação ao mesmo trimestre de 2023 e de 21,8% em comparação ao segundo trimestre deste ano. O Campo de Frade, onde a companhia possui 100% da operação, foi o maior contribuinte, com 39.315 mil boepd, um recuo de 30,6% e 16,7% respectivamente nas mesmas bases de comparação.
O custo de produção, conhecido como lifting cost, encerrou setembro em US$ 9,8 por barril, uma alta de 40,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Como resultado da queda na produção, a Prio vendeu 33% a menos do que no terceiro trimestre de 2023, totalizando 6,5 milhões de barris, sendo 3,7 milhões do Campo de Frade, 1,9 milhão de Albacora Leste e 913 mil do cluster Polvo e Tubarão Martelo. O preço médio do Brent no período foi de US$ 76,43, 12% inferior ao registrado um ano antes.
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