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- Economia prevista: Governo planeja economizar R$ 2 bilhões em benefícios sociais em 2025.
- Redução de gastos: Bolsa Família teve queda de despesas de R$ 175 bilhões (2023) para R$ 166 bilhões (2024).
- Estratégias: Combate à fraude e aumento do emprego impulsionam cortes nos custos.
- Impacto social: Ministro Wellington Dias afirma que redução da pobreza diminui a necessidade de benefícios.
- Ajuste fiscal: Ministério da Fazenda lidera terceira rodada de reuniões para revisar gastos públicos.
- Críticas: Especialistas e ONGs alertam para possíveis impactos em populações vulneráveis.
- Contexto: Medidas visam sinalizar responsabilidade fiscal ao mercado financeiro e zerar déficit em 2024.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT), declarou na manhã desta segunda-feira (11) que o governo federal pretende implementar medidas de ajuste fiscal, incluindo a revisão de benefícios sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A estimativa da pasta é gerar uma economia de R$ 2 bilhões em 2025.
Dias destacou que o foco das ações não é o combate à fraude e a ampliação do emprego como ajuda para reduzir despesas.
“Em 2023, abrimos o ano com uma previsão de gastos de R$ 175 bilhões para o Bolsa Família e fechamos o ano com R$ 168 bilhões. Neste ano, vamos fechar com R$ 166 bilhões, aproximadamente”.
afirmou o ministro.
Ele reforçou que a redução de custos acompanha a melhoria no cenário econômico e social.
Indicadores apontam para redução gradual de despesas
Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, a queda nos gastos do Bolsa Família já soma R$ 9 bilhões entre 2023 e 2024. Para 2025, a expectativa é uma redução adicional de R$ 2 bilhões, abrangendo também outros benefícios.
“O crescimento do emprego combinado com o combate à fraude nos permite projetar uma redução mínima de R$ 2 bilhões em despesas”, afirmou Wellington Dias. O ministro ressaltou que o foco está na eficiência administrativa e sem impacto social positivo das medidas. “Quanto mais melhoramos o social, mais conseguimos reduzir despesas”, disse ele.
Dados da pasta indicam que o combate à fraude foi responsável por uma economia significativa, embora o detalhamento das ações e dos critérios de revisão ainda não tenha sido divulgado. No entanto, o ministro não especificou se haverá cortes diretos em benefícios ou nos gastos operacionais do ministério.
Impacto social e fiscal
Dias enfatizou que a diminuição da pobreza é fundamental para reduzir o número de pessoas dependentes de benefícios sociais. “Quanto mais pessoas saíram da pobreza, menos benefícios precisarão ser pagos”, destacou. Essa abordagem, segundo o ministro, está alinhada ao objetivo do governo de equilibrar o crescimento social e a responsabilidade fiscal.
As medidas de contenção de gastos serão debatidas em uma nova rodada de reuniões licitadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), previstas para esta semana. O pacote de ajuste fiscal inclui a revisão de despesas em diversas pastas, com o objetivo de fortalecer a revisão do governo perante o mercado financeiro.
Haddad, que já respondeu duas rodadas de negociações, deve apresentar novas propostas para o controle de despesas e a ampliação de receitas. O esforço integra o compromisso do governo com a meta de zerar o déficit fiscal em 2024.
O mercado financeiro acompanha as transações. A revisão de benefícios sociais é vista como uma medida para sinalizar responsabilidade fiscal, especialmente após o aumento de gastos em programas sociais nos últimos anos.
Repercussão
A fala do ministro Wellington Dias ocorre em um momento em que o governo busca fortalecer sua imagem de “eficiência fiscal”. Segundo analistas, uma economia de R$ 2 bilhões representa um esforço específico, mas ainda limitado frente ao desafio de equilibrar as contas públicas. O déficit previsto para 2024 é de R$ 100 bilhões, o que coloca pressão sobre as medidas de ajuste em todas as áreas do governo.
Embora as expectativas sejam positivas, as críticas à falta de transparência sobre cortes específicos foram elevadas. As organizações da sociedade civil alertam para o impacto potencial das revisões sobre as populações vulneráveis.
Com os ajustes fiscais em curso, o governo espera manter o equilíbrio entre responsabilidade fiscal e proteção social, dois pilares considerados essenciais para a sustentabilidade econômica e a redução da desigualdade no país.
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