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Ouro despenca com dólar forte e juros nos EUA em jogo

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O preço do ouro encerrou nesta quinta-feira, 14 de novembro de 2024, sua quinta sessão consecutiva de queda, atingindo o menor nível desde 12 de setembro. O contrato futuro do metal precioso para dezembro fechou a US$2.572,90 por onça-troy, uma desvalorização de 0,52% em relação ao dia anterior. Durante o pregão, o ouro tocou a mínima de US$2.563,10, refletindo a pressão exercida pela valorização do dólar e pela expectativa de novos cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos.

A recente desvalorização do ouro está atrelada ao fortalecimento do dólar americano, que torna o metal precioso menos atrativo para investidores que utilizam outras moedas. Além disso, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) apresentaram alta, influenciando negativamente o apelo do ouro como ativo de refúgio. A eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA intensificou essas tendências, com promessas de políticas econômicas que podem aumentar a inflação e, consequentemente, os rendimentos dos Treasuries.

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O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou recentemente que os preços ao consumidor subiram 0,2% em outubro, mantendo a inflação anual em 2,6%. Esse dado reforça as expectativas de que o Fed possa reduzir a taxa de juros em dezembro, visando estimular a economia. A presidente do Federal Reserve de Dallas, Lorie Logan, afirmou que o banco central dos EUA deve proceder com cautela em relação a novos cortes na taxa básica de juros para evitar que a inflação seja inadvertidamente reaquecida.

A valorização do dólar também impactou o mercado cambial brasileiro. O dólar à vista recuou 0,31% nesta terça-feira, sendo vendido a R$5,7557, com investidores focados nos ganhos de moedas emergentes e nos leilões de linha do Banco Central. O BC anunciou dois leilões de linha, cada um com US$2 bilhões, a serem realizados nesta quarta-feira, visando conter a volatilidade da moeda.

No mercado de ações, o Ibovespa encerrou o pregão com uma alta marginal de 0,03%, atingindo 127.733,88 pontos. O desempenho positivo foi impulsionado pela alta significativa das ações da Embraer, que subiram 4,73% após relatório otimista do JPMorgan. A sessão foi marcada por uma série de divulgações de balanços de grandes empresas, como Banco do Brasil, JBS e Cosan, porém sem novidades concretas sobre o pacote fiscal do governo.

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