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- Polícia Civil do RJ investiga grupo criminoso acusado de fraudar operadoras de planos de saúde, com prejuízos de até R$ 50 milhões
- O grupo forjava intervenções cirúrgicas e usava registros de médicos falecidos para solicitar reembolsos indevidos
- A operação envolve a apreensão de documentos e eletrônicos para avançar nas investigações e identificar os responsáveis
- Pelo menos 11 pessoas, incluindo profissionais da saúde e fornecedores de materiais médicos, estão sendo investigadas
A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta segunda-feira (25), uma grande operação para desarticular um grupo criminoso acusado de fraudar operadoras de planos de saúde, com prejuízos que podem alcançar até R$ 50 milhões. A operação, batizada de “Bisturi”, visa desmontar um esquema sofisticado que envolvia médicos, advogados e empresas especializadas na área da saúde. De acordo com as autoridades, 15 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos, e ao menos 11 pessoas estão sendo investigadas pelo envolvimento no crime.
Segundo as investigações, o grupo atuava principalmente contra grandes operadoras de planos de saúde, como Amil, Bradesco Seguros, SulAmérica, entre outras. O esquema consistia em uma série de fraudes elaboradas, com o objetivo de obter pagamentos indevidos e superfaturados das operadoras.
As autoridades apontam que os fraudadores forjavam cirurgias, falsificavam documentos e até usavam registros de médicos falecidos para realizar cobranças ilegais de procedimentos de saúde.
Objetivos da operação
O principal objetivo da operação é a apreensão de documentos, celulares e outros aparelhos eletrônicos que possam conter provas cruciais para a continuidade das investigações. A polícia explicou que o grupo criminoso forjava intervenções cirúrgicas, inflacionava os custos das cirurgias e materiais médicos, além de apresentar ações judiciais fraudulentas para pressionar a aprovação rápida de procedimentos superfaturados. A utilização de liminares judiciais permitia que as cirurgias fossem realizadas de forma acelerada, com o intuito de garantir pagamentos indevidos pelos planos de saúde.
A fraude também envolvia empresas fornecedoras de órteses, próteses e materiais especiais (OPME), que são itens com alto custo para as operadoras de saúde. Segundo a polícia, o grupo se beneficiava do alto custo desses materiais para aumentar ainda mais os valores das cobranças, ampliando os lucros de forma ilícita.
Durante as investigações, os agentes descobriram que as fraudes eram realizadas de forma sistemática, com o uso de documentos falsificados e a inserção de dados fraudulentos em sistemas de registros médicos. A ação coordenada pela Polícia Civil busca não apenas a captura dos envolvidos, mas também a análise detalhada dos dados apreendidos, para identificar a extensão do esquema e os responsáveis por cada etapa do processo criminoso.
Operação Bisturi
A operação “Bisturi” é um exemplo de como a Polícia Civil do Rio de Janeiro tem intensificado suas ações de combate à corrupção e fraudes no setor da saúde, um dos pilares mais importantes para a sociedade. A fraude contra planos de saúde tem impactos diretos tanto nas empresas, que sofrem com os prejuízos financeiros, quanto nos beneficiários, que podem ter acesso a serviços de saúde comprometidos.
Ao longo da investigação, a polícia também tem alertado para o crescimento desses tipos de crimes, especialmente em um cenário de aumento da demanda por serviços médicos e hospitalares, agravada pela pandemia da COVID-19. Os agentes esperam que, com a operação, consigam não apenas desarticular o grupo criminoso, mas também desestimular outras fraudes no setor de saúde, protegendo assim os direitos dos consumidores e as finanças das operadoras.
A ação da Polícia Civil é uma resposta firme e necessária diante de um dos maiores esquemas de fraudes que o setor de saúde já enfrentou no estado, e as investigações continuam para identificar outros membros da organização e suas respectivas responsabilidades.
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