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Gestão atual traz novos ares quanto ao investimento institucional. Isto em especial após a reforma da previdência, iniciativa decisiva perante o cenário financeiro.
Governo Bolsonaro é aprovado por investidores brasileiros, este é o resultado da pesquisa realizada pela XP Investimentos e conta com a avaliação de 122 acionistas institucionais. Tal apuração aponta que 38,9% dos entrevistados consideram a nova gestão como positiva e 86% têm boas expectativas.
Em contrapartida, ao levar em consideração a resposta individual, o público revela que o governo é ótimo (11,2%), bom (27,7%) e regular (29%). Enquanto isso, o restante indica como ruim (7,2%), péssimo (11,8%) ou não soube responder (13,1%).
Por outro lado, com relação à estimativa, entre os meses de dezembro de 2018 até fevereiro de 2019, aumentou em 3% a esperança de investidores, e assim, representam 86% do quadro. Já o índice daqueles que preveem queda, diminuiu no último bimestre e registrou apenas 2%.
Este levantamento reflete a relação que o presidente manteve frente à economia durante seu processo eleitoral. Momento no qual Jair Bolsonaro mantinha a promessa de atuar na privatização de estatais e na abertura do comércio estrangeiro. Além da reformulação do texto previdenciário.
Reforma da Previdência
O reajuste atual corrigiu o sistema que funcionava desde 1988, e aparentava não ser eficaz. Isso porque apenas no ano passado, o prejuízo para os cofres brasileiros foi de R$ 290,2 bilhões. Em vista disto, a Consultoria Legislativa do Senado afirma que, em 2026, os custos com aposentadoria poderiam ultrapassar até 80% do recurso público.
Portanto, a reforma é considerada fundamental para a recuperação econômica do país. Principalmente porque, de acordo com os cálculos lançados pelo governo, o faturamento previsto é de R$ 1,16 trilhão em 10 anos. Diante os resultados, o mercado financeiro reforça a necessidade da nova proposta.
De modo geral, a previdência influenciará tanto a renda fixa como variável. Na primeira, o valor disponibilizado ao investidor pode ser maior que o anterior. A justificativa para esta afirmação é que, segundo especialistas, nos papéis referentes à inflação e prefixados, quanto maior os juros, menor o preço dos títulos e maior a rentabilidade exigida.
Empresas atreladas ao governo
Para facilitar a aplicação de acionistas, estrategistas do Itaú BBA (ITUB4) publicaram lista com as empresas nas quais o governo oferece maior contribuição. Neste caso, a parceria pode ser através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou por meio de estatais.
Conforme o ranking, de 224 instituições, os destaques estão para aquelas referentes ao setor de energia elétrica, óleo ou gás e financeiro. Sendo assim, são 82, 30 e 25 companhias de cada categoria, respectivamente.
Confira a ordem das 10 primeiras e a participação governamental:
Telebras (TELB4) – 87,3%
Eletrobras (ELET6) – 59,7%
Banco do Brasil (BBAS3) – 50,7%
Petrobras (PETR4) – 43,9%
Marfrig (MRFG3) – 33,7%
BB Seguridade (BBSE3) – 33,7%
AES Tietê (TIET11) – 33%
BR Distribuidora (BRDT3) – 31,3%
Fibria (FIBR3) – 29,1%
Tupy (TUPY3) – 28,2%
Apesar de garantir a privatização de ao menos 100 empresas, Bolsonaro diz que as estatais estratégicas não serão modificadas.
“Tudo terá um critério ou um modelo, não vamos sair vendendo tudo. Quem é funcionário da Caixa, do Banco do Brasil, do setor elétrico, do setor energético, pode ficar tranquilo”, comentou.
Como em diversos outros momentos, o cenário oscilante pode oferecer riscos ao investidor brasileiro. Com as eleições, novas propostas e resultados econômicos surgem a todo vapor. Portanto, antes de aplicar uma bolada, é importante que o acionista conheça sua compra e reserve boas estratégias na manga.
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