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Argentina: rating sobe com reestruturação de US$ 100 bi

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A agência nova-iorquina de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) elevou nesta segunda-feira, 7, o rating de crédito soberano de longo prazo da Argentina. Dessa forma, o país saiu do território de default, após reestruturar com sucesso mais de US$ 100 bilhões em dívida soberana.

O rating (classificação de risco) subiu de “SD” para “CCC+”, o chamado default seletivo. A S&P citou a conclusão de reestruturações de dívidas “complexas” que irão reduzir significativamente os pagamentos de cupons nos próximos anos.

Além disso, a agência também informou no documento emitido que esse é um passo importante para a Argentina. Segundo ela, “oferece uma oportunidade para o governo articular um plano mais amplo para enfrentar os vários desafios macroeconômicos pós-pandemia”.

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Já são três anos de recessão

A Argentina reestruturou na última semana cerca de US$ 65 bilhões em títulos estrangeiros e mais de US$ 40 bilhões em dívida em moeda estrangeira emitida de acordo com a legislação local. Tal feito simboliza uma grande vitória para o país que está afogado em recessão econômica e inadimplência.

O país precisa agora voltar suas atenções para uma nova negociação com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Para substituir uma linha de credito fracassada de US$ 57 bilhões de 2018 e manter conversas com os grupos de credores do Clube de Paris. O Clube de Paris é uma instituição informal formada por 22 países cuja missão é ajudar financeiramente outros países com dificuldades econômicas.

A Argentina enfrenta seu terceiro ano seguido de recessão, com projeções de contração de 12% neste ano. Além disso, inflação alta, esvaziamento de reservas e aumento da pressão sobre o peso. Hoje, 1 dólar norte-americano compra 74 pesos argentinos.

Por fim, a Standard & Poor’s deu à Argentina uma perspectiva “estável”, embora tenha dito que poderia baixar novamente se quaisquer “desenvolvimentos políticos negativos inesperados minem as perspectivas de recuperação econômica e por alguma reversão da deterioração fiscal em 2020”.

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