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A Vivo (VIVT3) se juntou nos últimos dias a lista de companhias que divulgaram ao mercado seu resultado operacional referente ao quarto trimestre do ano (4T22).
Assim, a telefônica lucrou de forma líquida R$ 1,126 bilhão no quarto trimestre. Portanto um recuo de 57,2% na comparação com igual período de 2021.
A empresa explica que a variação do lucro se deve principalmente ao “reconhecimento de crédito no 4T21 de crédito fiscal no valor de R$ 1,408 bilhão”.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 5,234 bilhões, um avanço de 6,1% frente ao 4T21.
Para o Ebitda, a projeção era de R$ 5,227 bilhões, alta de 4,68% em relação ao mesmo período de 2021.
De acordo com a Vivo, o desempenho reflete o forte crescimento das receitas totais, com uma maior participação das receita core.
O que dizem os especialistas?
Para João Daronco, analista da Suno Research, os resultados da Vivo vieram em linha com o esperado no 4T22. No ano, a companhia obteve uma receita de R$ 48 bilhões, impulsionada principalmente pelo crescimento do segmento móvel, por conta de clientes adquiridos da Oi, reajuste de preços e churn baixo. Em seguida, vem o segmento de fibra, no qual a Vivo é líder em adições líquidas no Brasil.
Apesar do crescimento das receitas, os custos mais elevados pressionaram as margens da companhia. Por conta disso, ela viu uma redução de 35% em seu lucro líquido. Vale ressaltar que a base de comparação está distorcida, uma vez que a bottom line que foi inflada em 2021 por conta de créditos fiscais.
Por conta dessa pressão de custos esperada em 2023, a Vivo optou por pedir autorização a ANATEL para uma redução de capital no valor de R$ 5 bilhões. Essa estratégia visa manter a tradição de alta remuneração aos acionistas, que permaneceu superior a 7% nos últimos anos.
Como proventos deliberados em 2023 implicam em um dividend yield de aproximadamente 5,1%, a redução de capital é um opcional interessante que poderá incrementar o indicador em até 7 p.p.
Vemos essa estratégia com bons olhos, uma vez que possibilita que a companhia tenha mais flexibilidade e mantenha um bom nível de remuneração aos acionistas, até a normalização de seus resultados que deve aparecer em 2024.
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