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As ações da Azul (AZUL4) registram uma queda de quase 25%.
Nesta quinta-feira (29), às ações da Azul registram uma queda de quase 25%. De acordo com dados da bolsa de valores, os papeis chegaram a ser negociados por R$ 5,40, alcançando o menor patamar já registrado nos últimos anos.
O desempenho veio juntamente da notícia de que a companhia avalia opções para renegociar suas dívidas. Em último balanço divulgado pela propria Azul, o nível de alavancagem subiu para 4,5 vezes, uma alta importante em relação ao trimestre anterior, quando reportou 3,7 vezes.
Nos últimos meses, muito se falou em uma possível fusão da Gol e Azul por meio da compra de ações de acionistas de referência. As duas empresas até chegaram a firmar um acordo de compartilhamento de voos domésticos.
A Recuperação Judicial não é bem uma novidade para companhias aéreas que operam na América Latina.
Até o momento, a Azul não emitiu nota oficial sobre o assunto.
Azul (AZUL4) registra prejuízo ajustado de R$ 744 mi no 2T24
A Azul (AZUL4) apresentou um prejuízo líquido ajustado de R$ 744,4 milhões no segundo trimestre. Dessa forma, refletindo um aumento de 31,3% em relação à perda registrada no mesmo período do ano anterior. Esse resultado negativo foi impulsionado por uma queda no desempenho operacional da companhia. Isto, além de um impacto significativo decorrente da variação cambial. Conforme divulgado pela companhia aérea nesta segunda-feira.
Em resposta a esse cenário desafiador, a Azul revisou suas projeções de desempenho para o ano. Assim, reduzindo as expectativas tanto para o crescimento da oferta quanto para Ebitda. A nova previsão indica que a oferta deve crescer 7% em 2024. Isto, em comparação à estimativa anterior de 11%. Além disso, a empresa ajustou a expectativa para o Ebitda de cerca de R$ 6,5 bilhões para um valor acima de R$ 6 bilhões.
A companhia também ampliou sua estimativa de alavancagem. Esta, que passou de cerca de 3 vezes para aproximadamente 4,2 vezes.
Impacto negativo
O impacto negativo da variação cambial no trimestre foi expressivo, totalizando cerca de R$ 3,1 bilhões, contrastando com um desempenho positivo de R$ 1 bilhão no mesmo período de 2023. Além disso, a Azul destacou que as enchentes no Rio Grande do Sul resultaram em um impacto financeiro de pelo menos R$ 200 milhões em seu balanço.
O presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, mencionou que a companhia encerrou o trimestre com uma posição de liquidez de R$ 2,5 bilhões, representando 13% da receita dos últimos doze meses. Considerando investimentos, recebíveis de longo prazo, depósitos de segurança e reservas, a liquidez total da Azul ao final de junho era de R$ 6,4 bilhões, o que demonstra um nível de segurança financeira, apesar dos desafios enfrentados.
“Agora que entramos no período sazonalmente mais forte de primavera e verão no Brasil, com a chegada de mais aeronaves de nova geração em nossa frota, continuamos otimistas em relação ao futuro”, apontou o executivo no balanço.
“As vendas têm melhorado nas últimas quatro semanas, e esperamos que essa tendência se acelere”, acrescentou.
Azul
A Azul Linhas Aéreas Brasileiras, conhecida como Azul, é uma das principais companhias aéreas do Brasil. Fundada em 2008 por David Neeleman, a empresa, contudo, se destacou por sua proposta de oferecer um serviço de aviação regional e nacional. Isto, com uma frota moderna e inovadora.
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