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Em junho, as ações de empresas ligadas à construção civil foram as que registraram a maior valorização no mercado brasileiro. No último mês, o índice IMOB (indicador da B3 que reúne as companhias do setor) registrou valorização de 9,62%, percentual superior à média do Ibovespa no período (9%).
A terceira alta consecutiva do Imob, destacam os sócios da Nivi Real Estate, está atrelada à melhora das projeções macroeconômicas locais e também internacionais, especialmente dos Estados Unidos.
“O ano de 2023 começou com os papéis das incorporadoras muito desvalorizados, operando a patamares bem baixos na Bolsa. Recentemente, como estamos observando uma inflação mais controlada, além de debates avançados sobre redução da Selic e o arcabouço fiscal, o mercado começa a tentar se antecipar a esses fatos. Esse movimento beneficia as empresas ligadas à construção civil, cujos papéis estavam muito descontados e agora começam a registrar recuperação”, destaca Henrique Blecher, CEO da Nivi Real Estate.
Na agenda externa, pondera Gustavo Nunes, diretor financeiro da Nivi Real Estate, o principal ponto que tem beneficiado as construtoras e incorporadoras é o fim da alta de juros:
“O Federal Reserve, banco central americano, interrompeu o ciclo de alta de juros em junho deste ano, diante do crescimento moderado do país e da inflação em queda. Essa sinalização, mesmo sendo do exterior, também é benéfica para o Brasil, especialmente para as ações de empresas de construção civil”.
Os executivos avaliam que, diante de um cenário de juros baixos e preços mais estáveis – uma vez que a inflação indica que se comportará dentro do projetado -, o crédito tende a ficar mais barato. Esse efeito é bom para as construtoras, que tomam empréstimos para tirar do papel os projetos, e para os consumidores, que contratam financiamentos para comprar casas e apartamentos.
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