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A AES Brasil (AESB3) encerrou o 2T22 seguindo a trajetória de trimestres anteriores, com o foco na sua estratégia de crescimento contínuo, com destaque para o despacho liberando o início da operação comercial dos primeiros quatro aerogeradores do Complexo Eólico de Tucano. O faturamento correspondente começa a ser contabilizado a partir de julho de 2022.
Pela primeira vez, a AES Brasil comercializou, 465.807 créditos de carbono, oriundos dos parques Eólicos de Mandacaru e Salinas, correspondente a aproximadamente R$ 12 milhões de receita expressa no 3T22. A Companhia avalia ainda a possibilidade de comercializar mais 2,8 milhões de créditos dos seus parques eólicos e solares que teve COD a partir de 2016.
“Nossa posição estratégica se destaca das demais geradoras por constituir um veículo de crescimento em energia 100% renovável, com investimento contínuo na expansão de nosso parque gerador e no desenvolvimento de novas tecnologias e produtos inovadores”, afirma Clarissa Sadock, CEO da AES Brasil.
Em junho, a AES Brasil realizou a emissão de R$ 950 milhões de debêntures, inaugurando o prazo de 22 anos para projetos de geração no mercado. O montante captado será direcionado para construção do Complexo Eólico Cajuína.
Desenvolvimento de ativos e desempenho operacional
A Companhia continua focada na construção de seus complexos eólicos, Tucano e Cajuína, que somam 1,0 GW de capacidade instalada e com entrada em operação estimada para os próximos 18 meses.
Em relação ao Complexo Eólico de Tucano, mais de 77% da construção dos 322,4 MW do já foi concluída. Destaque no período para a entrada em operação dos primeiros aerogeradores em julho. O ativo estará totalmente operacional até o final deste ano.
Referente à construção dos primeiros 695,0 MW do Complexo Eólico Cajuína, a operação segue conforme o planejado, com entrada em operação prevista para 2023. A primeira fase do Complexo, com 324,5 MW divididos em 55 aerogeradores, já está 19% concluída. A segunda fase, com 370,5 MW de capacidade instalada, já apresenta relevante avanço das obras civis, sendo 14% concluídas.
Em relação aos ativos operacionais
Hídrica: O volume total de energia bruta gerada pelas usinas hidrelétricas da AES Brasil atingiu 1.800,8 GWh no 2T22 e 4.476,8 MWh no 1S22, 27,2% e 19,2% acima, respectivamente, do montante averiguado nos mesmos períodos do ano anterior, reflexo da maior afluência e recuperação dos reservatórios do sistema para níveis acima da média dos últimos 10 anos.
Eólica: A geração eólica bruta foi de 467,1 GWh no 2T22 vs. 501,0 GWh no 2T21, em função, principalmente de mix de menor disponibilidade de alguns ativos eólicos e menor velocidade dos ventos no período.
Solar: Os complexos solares registraram geração bruta de 138,4 GWh 2T22, aumento de 0,5% e 7,5% em comparação ao 2T21, decorrente da maior irradiância entre períodos e da maior disponibilidade média das usinas.
Resultados financeiros
A receita operacional líquida totalizou R$ 620,9 milhões no 2T22, representando um aumento de 10,6% em comparação com o 2T21 (R$ 561,4 milhões) e a margem operacional líquida foi de R$ 354,0 milhões no 2T22 em linha com a margem operacional do 2T21, resultado da margem explicada, principalmente, pelo resultado positivo das hídricas, em função do mercado spot, e dos complexos solares, devido a melhora da disponibilidade e irradiância dos ativos.
O EBITDA foi R$ 239,4 milhões no 2T22, valor 6,4% inferior quando comparado ao EBITDA do 2T21, devido principalmente à redução na geração dos Complexos Eólicos Ventus e Mandacaru e Salinas, reflexo da menor disponibilidades e velocidade dos ventos. Mas, de acordo com o histórico de ventos dos últimos 10 anos, podemos esperar melhoras já no 3T22. O lucro líquido consolidado do 2T22 totalizou R$ 9,3 milhões.
A AES Brasil aprovou a distribuição de R$ 52,9 milhões como dividendos intermediários relativos ao primeiro semestre de 2022, sendo R$ 0,1074 por ação, o que corresponde à 100% de payout sobre o lucro líquido ajustado.
A dívida bruta da AES Brasil encerrou o 2T22 em R$ 8,0 bilhões. Já a sua controladora, AES Brasil Operações, encerrou o trimestre com dívida bruta consolidada de R$ 6,9 bilhões, 15,9% superior à posição de dívida bruta do mesmo período de 2021, aumento esse que fomenta a estratégia de crescimento da Companhia.
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