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Americanas aprova plano de recuperação judicial que prevê aumento de capital em R$10 bilhões

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A Americanas (AMER3) anunciou no último domingo, 20 de março, que seu Conselho de Administração aprovou os termos e condições do plano de recuperação judicial da empresa. O plano, que ainda está em discussão e sujeito a revisões e ajustes, foi apresentado nos autos do processo de recuperação judicial do Grupo Americanas, em curso perante a 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro.

Segundo o fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o plano de recuperação judicial reflete discussões mantidas entre a companhia, seus acionistas de referência, principais credores e outros stakeholders. Ele estabelece os termos e condições propostos para as principais medidas que poderão ser adotadas com vistas à superação da atual situação econômico-financeira do Grupo Americanas e à continuidade de suas atividades.

Entre as medidas propostas está um aumento de capital no valor de R$10 bilhões. Os acionistas de referência da empresa já anunciaram sua intenção de apoiar o aumento de capital, oferecendo uma garantia firme de subscrição e integralização para a totalidade dos recursos, ainda pendente de formalização.

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O plano também prevê a potencial alienação e oneração de bens do ativo permanente, incluindo, mas sem limitar-se a: unidade de negócios Hortifruti Natural da Terra, participação da Companhia no Grupo Uni.Co e aeronave da companhia. A empresa utilizará até R$2 bilhões dos recursos provenientes das alienações de ativos para maximizar a redução de sua dívida remanescente, sendo que o primeiro R$1 bilhão levantado será destinado à recompra de dívida a mercado e o saldo dos recursos levantados, limitados a R$1 bilhão, para recompra de dívida subordinada. Com isso, a companhia pretende reduzir seu endividamento a mercado, pós-reestruturação, para R$4,9 bilhões.

A Americanas é uma das maiores varejistas do Brasil, com mais de 1.700 lojas em todo o país. A empresa enfrenta dificuldades financeiras desde o início da pandemia de Covid-19, que afetou seu desempenho e acelerou sua decisão de expandir seus negócios no segmento de tecnologia. Com a aprovação do plano de recuperação judicial, a empresa espera superar suas dificuldades e continuar sua expansão.

Mais processos

Além das medidas mencionadas anteriormente, o plano de recuperação judicial também prevê a realização de um leilão reverso para aquisição de créditos quirografários, com o objetivo de aumentar a liquidez da empresa e reduzir sua dívida. Nesse leilão, os credores poderão vender seus créditos à Americanas, que escolherá a opção mais vantajosa para a empresa. Essa medida faz parte da estratégia de reestruturação da dívida e busca reduzir a pressão sobre o fluxo de caixa da companhia.

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Além disso, a Americanas se comprometeu a buscar fontes de financiamento para sua operação, o que inclui a emissão de títulos de dívida. A empresa pretende emitir debêntures simples no valor total de até R$ 5,9 bilhões para pagamento de parte do saldo remanescente de créditos de titularidade dos credores quirografários que optarem pela opção de pagamento estabelecida no plano de recuperação judicial.

Com essas medidas, a Americanas espera reestruturar sua dívida e aumentar sua capacidade de investimento. A empresa tem uma posição forte no mercado de varejo brasileiro e pretende continuar a crescer e expandir sua atuação. O plano de recuperação judicial é um passo importante nesse processo, garantindo a sustentabilidade financeira da companhia a longo prazo.

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