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Americanas assina emissão de debêntures de até R$ 3,5 bilhões para financiar plano de recuperação judicial.
A Americanas (AMER3) anunciou a emissão de debêntures no valor de até R$ 3,5 bilhões para financiar seu plano de recuperação judicial. Essa ação faz parte do processo de reestruturação após a descoberta de fraudes contábeis. As debêntures são parte do Financiamento DIP, que visa antecipar recursos para o cumprimento das obrigações previstas no plano de recuperação. Essa modalidade conta com garantia real e terá prazo de vencimento de 24 meses.
Emissão de debêntures é parte do plano de reestruturação após descoberta de fraudes contábeis
A Americanas (AMER3) assinou a escritura de uma emissão de debêntures no valor de até R$ 3,5 bilhões como parte do seu plano de recuperação judicial. Essa medida é uma etapa importante no processo de reestruturação da empresa, que entrou em recuperação judicial em janeiro do ano passado, após a descoberta de fraudes contábeis de R$ 25,2 bilhões.
O plano de recuperação aprovado pela Assembleia Geral de Credores e homologado pela 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro prevê uma capitalização da empresa em R$ 24 bilhões, visando reduzir sua dívida bruta de mais de R$ 38 bilhões para cerca de R$ 1,9 bilhão.
As debêntures emitidas pela Americanas são parte do Financiamento DIP (Debtor-In-Possession), destinado a operacionalizar o financiamento extraconcursal. Essa modalidade permite antecipar recursos para o cumprimento das obrigações previstas no plano de recuperação antes mesmo do aumento de capital.
Com garantia real e prazo de vencimento de 24 meses, o Financiamento DIP proporciona uma injeção de recursos vital para a empresa cumprir suas obrigações financeiras e dar continuidade ao processo de reestruturação.
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Americanas (AMER3) irá leiloar carros para pagar salários
Para reforçar o seu caixa, a Americanas (AMER3) está realizando a venda de ativos para se preparar e dar início dos pagamentos a pequenos credores.
A empresa varejista já concluiu a venda do seu jatinho, para o empresário Beto Studart, ex-vice-presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e irá realizar a venda de alguns veículos para levantar mais recurso, para ajudar manter suas operações.
No relatório mensal da empresa, consta que serão vendidos um Tiguan 2.0, um Passat 2.0, ambos da Volkswagen, e um Volvo XC40 t5 momentum. Além dos veículos, a Americanas (AMER3) irá se desfazer de porta-pallets e estrutura de drive-in. A varejista informou que conseguiu autorização judicial para realizar um leilão de veículos, cujos recursos serão para o pagamentos de salário. O relatório não estima quanto a Americanas (AMER3) espera arrecadar.
A venda dos bens devem ajudar na melhoria do caixa disponível da varejista, que fechou o mês de Janeiro em R$ 1.424 bilhões abaixo da posição de Dezembro e acima do total de Novembro.
A dívida total da empresa é de R$ 50,1 bilhões. Esse valor acrescenta os R$ 42,5 bilhões divulgados em fevereiro, mais R$ 7,6 bilhões de débitos mantidos entre as empresas que fazem parte do grupo. Do montante de dívidas financeiras, cerca de 44% estão ligadas às chamadas operações de risco sacado (“forfait”), que estão no centro da polêmica que envolve a Americanas (AMER3). Elas deram origem ao rombo contábil anunciado em janeiro, à época estimado em R$ 20 bilhões.
Após meses de negociações, a varejista fechou um acordo com credores em torno do plano de recuperação judicial, em mais um passo para a execução das medidas previstas, que deve iniciar a partir do dia 1º de abril de 2024.
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