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O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), determinou aumento de 0,50 ponto percentual na taxa Selic nesta quarta-feira (dia 3 de agosto), mas deixou a porta aberta para um novo aumento residual de menor magnitude , deve ser de 0,25 pp. A avaliação é do economista-chefe da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti.
Com este aumento, o 12º consecutivo, a Selic foi elevada a 13,75% ao ano.
“O comunicado do BC deixou claro que ciclo de alta vai continuar, diz o comitê do BC, mas as próximas altas devem ser menores. “O Copom avaliará ajuste residual de menor magnitude na próxima reunião”, diz o comunicado do BC.
Afirma ainda o comunicado: “É apropriado que ciclo avance significativamente em território ainda mais contracionista. O ambiente externo mantém-se adverso e volátil, com maiores revisões negativas para o crescimento global em um ambiente inflacionário ainda pressionado. O processo de normalização da política monetária nos países avançados tem se acelerado, impactando o cenário prospectivo e elevando a volatilidade dos ativos”.
O IPCA de junho variou 0,67%, enquanto a expectativa para o índice de julho é de deflação. Já o IGP-M desacelerou a 0,21% no mês.
“Os aumentos anteriores da Selic foram decisões amargas, mas necessárias. Neste ponto, o Brasil se antecipou aos Estados Unidos no combate a alta da inflação”, disse o economista-chefe.
A inflação nos Estados Unidos pelo Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal (PCE) acumulou uma alta de 6,8% nos 12 meses encerrados em junho, segundo dados do Departamento de Comércio. O valor é o maior desde 1982.
Na comparação com o mês anterior, a alta foi de 1%, a maior desde 2005. Em maio, o PCE teve alta de 0,6% na comparação mensal, com um acumulado de 6,3%.
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