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Mais um “velório” na bolsa? A Hapvida (HAPV3), operadora de planos de saúde, divulgou na última semana seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2022, e os números não agradaram aos investidores. A empresa apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 161,4 milhões, uma queda de 56,1% em relação ao mesmo período do ano retrasado. Já o resultado sem ajuste, que inclui o impacto do Incentivo de Longo Prazo (ILP) e das stock options (SOP), foi um prejuízo líquido de R$ 316,7 milhões.
Apesar disso, a receita líquida consolidada da Hapvida cresceu 150,2%, passando de R$ 2,6 bilhões para R$ 6,5 bilhões no último trimestre de 2022. O ebitda ajustado, importante indicador da geração de caixa, também apresentou crescimento, aumentando 52% e alcançando R$ 598,7 milhões.
No entanto, a taxa de sinistralidade total, que indica o total de desembolsos da companhia com procedimentos de seus assegurados, cresceu 9,7 pontos percentuais na comparação com um ano antes, e terminou dezembro em 79,8%.
“Individualmente, as receitas crescem mesmo com o impacto do reajuste negativo dos planos individuais, estimados em R$ 18 milhões para Hapvida e em R$ 11,7 milhões para a Notre Dame. A partir de maio de 2022, os contratos existentes elegíveis de planos individuais passaram a sofrer o reajuste de 15,5%”, ressaltou a empresa no relatório.
Esses resultados negativos tiveram um impacto significativo no valor das ações da Hapvida. As ações desabaram mais de 35% no Ibovespa, e analistas cortaram as recomendações de compra dos papéis da empresa.
O CEO Jorge Pinheiro tentou amenizar os danos, declarando que a empresa espera que a sinistralidade caia ao longo dos próximos trimestres, com reajustes de preços mais agressivos e aumento da verticalização de regiões onde a participação das redes parceiras ainda é muito alta.
O Credit Suisse foi o mais feroz no ataque, rebaixando as ações da Hapvida de outperform para neutra e cortando o preço-alvo de R$ 6,50 para R$ 4,40. Já a Genial Investimentos manteve a recomendação de manutenção dos papéis, mas reduziu o preço-alvo de R$ 8,50 para R$ 5.
Com a queda significativa nas ações da empresa, a Hapvida agora vale apenas R$ 20 bilhões na Bolsa, em comparação com os R$ 55 bilhões que valiam antes da fusão entre Hapvida e a Notredame Intermédica. O CEO Jorge Pinheiro afirmou que 2021 foi dominado pela pandemia, e que 2022 foi um ano de transição para a normalidade, mas ainda marcado por custos médicos muito altos. A empresa terá que encontrar soluções para reverter essa tendência e recuperar a confiança dos investidores.
Sobre a Hapvida
A Hapvida é uma empresa brasileira de assistência médica e hospitalar, fundada em 1979, que oferece planos de saúde para pessoas físicas e jurídicas em diversas regiões do país. Com sede em Fortaleza, no estado do Ceará, a Hapvida é uma das maiores empresas de saúde do Brasil, atendendo atualmente mais de 7,2 milhões de clientes em 16 estados brasileiros.
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