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Na recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central expressou preocupação com o aumento da incerteza em relação à capacidade do governo em atingir as metas fiscais propostas. Esta situação foi identificada como uma fonte de risco ampliada para a economia.
Índice de conteúdo
Riscos crescentes na execução das metas fiscais
O Copom destacou que a incerteza fiscal inicialmente estava centrada na execução das metas propostas. No entanto, o documento ressalta que, em um período recente, a incerteza se ampliou, não somente em relação à execução, mas também à própria meta estabelecida para o resultado fiscal. Isso resultou em um aumento do prêmio de risco.
O Banco Central reiterou a importância da busca firme e determinada pelos objetivos fiscais estabelecidos. Assim, a incerteza em torno da capacidade do governo em cumprir as metas traz consigo riscos adicionais para a estabilidade econômica.
Efeitos do aumento da incerteza fiscal
A incerteza em relação à meta fiscal e sua consecução afeta a confiança dos investidores, impacta as decisões de gastos do governo e pode levar a ajustes nos juros e na política monetária, afetando a economia como um todo.
Dessa forma, o aumento do prêmio de risco revela preocupações do mercado sobre a solidez e a viabilidade das políticas fiscais, refletindo tensões econômicas que podem se traduzir em instabilidade nos mercados financeiros.
Importância da estabilidade fiscal para o cenário econômico
A estabilidade fiscal é essencial para um ambiente econômico saudável, impactando a confiança dos investidores, as taxas de juros e a condução da política monetária. A busca incansável pelos objetivos fiscais é crucial para sustentar essa estabilidade.
Portanto, o alerta sobre a incerteza em relação às metas fiscais serve como um chamado à ação para um comprometimento sólido na gestão fiscal. É vital que o governo adote estratégias claras e eficazes para alcançar as metas propostas, garantindo, assim, a confiança necessária para o crescimento econômico sustentável.
Rumos da Selic: avaliações do Banco Central e o risco fiscal em Foco
Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) reunirá para determinar os próximos passos da taxa Selic. A expectativa é que o Banco Central mantenha a sequência de cortes, reduzindo a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, alcançando um patamar de 12,25% ao ano.
O Santander ressalta a intenção inicial do Copom de manter uma consistente redução de 0,50 pontos percentuais nas próximas reuniões, seguindo um plano de flexibilização estável. Essa expectativa está em linha com o consenso dos analistas e com o que está precificado no mercado financeiro.
Contudo, economistas alertam que o Banco Central pode reconsiderar esses cortes, dependendo das perspectivas de inflação e do cenário fiscal do país.
O Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (30), apontou um aumento nas projeções para as taxas de 2024 e 2025. O economista André Perfeito salienta que as expectativas de uma Selic a 9% para o próximo ano parecem muito conservadoras e sugere que a taxa de juros básica termine seu ciclo de redução em 10,75%.
Três pontos cruciais para o Banco Central avaliar antes de uma redução na Selic
Cenário internacional e seu impacto: O ambiente global se deteriorou rapidamente desde a última reunião do Banco Central. Eventos como o conflito entre Israel e Hamas aumentaram a preocupação, especialmente em relação aos preços do petróleo e suas implicações na inflação global.
Influência do Federal Reserve e dos rendimentos dos Treasuries: As ações do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, podem afetar o cenário econômico nacional. O comportamento dos investidores estrangeiros também é relevante, pois costumam voltar-se para países desenvolvidos caso estes apresentem taxas de juros mais atraentes. Além disso, alterações nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA têm atingido níveis recordes nos últimos anos.
Inflação e expectativas futuras: Embora a inflação atualmente esteja auxiliando na redução dos juros, as projeções futuras apresentam preocupações. A expectativa é que os preços voltem a pressionar, sinalizando um possível descumprimento das metas fiscais e uma postura menos restritiva do Copom.
Risco fiscal e suas considerações finais
A declaração do presidente Lula sobre a dificuldade em atingir a meta de zerar o déficit público em 2024 acrescenta uma camada de preocupação em relação ao cenário fiscal do país.
Portanto, o desfecho da reunião do Copom será aguardado com atenção, considerando os desafios econômicos e fiscais tanto nacionais quanto internacionais. Afinal, as decisões tomadas terão repercussões significativas na economia do país e no comportamento dos mercados financeiros nos próximos meses.
Receita Federal identifica aumento expressivo na movimentação de stablecoins no Brasil
A Receita Federal identificou um expressivo aumento na circulação de stablecoins no país, apontando para um crescente uso desses criptoativos, que mantêm sua paridade com moedas fiduciárias, especialmente o dólar, facilitando sua adoção como meio de pagamento.
Dentre as stablecoins em destaque, o Tether (USDT) se sobressai, registrando um volume acumulado de 271 bilhões nos últimos quatro anos. Esse valor é quase o dobro do movimento contabilizado para o Bitcoin. Então, considerando apenas os dados parciais de 2023, a Receita Federal revelou que 80% da movimentação de criptomoedas está relacionada ao USDT.
A atenção da Receita Federal para esse aumento de circulação destaca a importância de monitorar o crescimento e a influência das stablecoins no cenário financeiro do Brasil. Assim, o relatório sinaliza uma tendência crescente no uso desses ativos, possivelmente motivada pela paridade com moedas fiduciárias e seu impacto direto no mercado de criptomoedas.
Busca da Receita Federal
O estudo da Receita Federal realça a necessidade de uma análise mais profunda sobre as implicações, os riscos e os impactos econômicos desse movimento. Afinal, a avaliação desses criptoativos é essencial para garantir a segurança nas operações financeiras, evitando possíveis atividades suspeitas ou ilegais.
Portanto, a vigilância das stablecoins são cruciais para identificar possíveis movimentações e promover uma regulação mais eficaz no contexto das criptomoedas no Brasil.
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