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Na quinta-feira, 19 de outubro, o Banco do Brasil (BBAS3) informou sua intenção de recomprar cerca de US$ 750 milhões em bônus perpétuos emitidos pela instituição. Essa ação destaca a estratégia do banco em otimizar sua estrutura de capital e gerar benefícios para a instituição financeira.
O Banco do Brasil estabeleceu um prazo para a recompra que permanecerá aberto até o dia 2 de novembro. Além disso, o banco tem a flexibilidade de prorrogar esse prazo, se necessário. Essa decisão demonstra o compromisso da instituição em realizar a recompra de maneira eficaz e estrategicamente vantajosa.
Inicialmente, o Banco do Brasil estava visando um volume de recompra de até US$ 1 bilhão desses bônus perpétuos. Esses títulos, que têm uma taxa de juros de 9% ao ano, fazem parte dos esforços do banco para gerenciar seu passivo de forma eficiente e otimizar sua estrutura de capital.
Impacto no capital complementar de nível I
Por outro lado, a recompra desses bônus perpétuos terá implicações no capital complementar de nível I do Banco do Brasil. Portanto, no relatório, o banco afirmou que, após a recompra de US$ 746,8 milhões desses títulos, o capital complementar de nível I, que era de 14,13% em 30 de junho, será reduzido em aproximadamente 32 pontos base na data do exercício da recompra.
É importante ressaltar que, mesmo com essa redução, o capital complementar permanecerá em um patamar superior ao nível regulatório. Isso indica que a instituição financeira está comprometida em manter sua posição de capital, que é fundamental para garantir sua estabilidade e solidez no mercado.
Dessa forma, a decisão de recomprar os bônus perpétuos reflete sua estratégia de gerenciamento de capital e otimização de sua estrutura financeira. O prazo estendido para a recompra e a flexibilidade para prorrogá-lo demonstram o compromisso da instituição em realizar essa operação de maneira eficaz. Portanto, a redução no capital complementar de nível I, não ameaça a solidez financeira do banco, que permanecerá bem acima dos níveis regulatórios.
Banco do Brasil é a ação perfeita para “blindar” sua carteira de investimentos
O Bradesco, uma das principais instituições financeiras do Brasil, elevou sua recomendação para o Banco do Brasil, chamando-o de “uma fortaleza protegida por uma alta lucratividade, um sólido capital e dividendos atrativos.” A recomendação passou de ‘neutra’ para ‘compra’, com um preço-alvo de R$ 60 por ação, o que representa um potencial de alta de cerca de 28%.
O analista Gustavo Schroden, responsável pela recomendação, destacou vários pontos que sustentam essa decisão. Em primeiro lugar, ele mencionou o valuation “muito atrativo” do Banco do Brasil, o que o torna uma opção interessante para os investidores. Além disso, Schroden observou um crescimento “decente” nos lucros, estimando um aumento de 10% no ano seguinte.
Dividendos acima da média
O dividendo oferecido pelo Banco do Brasil também foi destacado como um atrativo significativo. O analista afirmou que os dividendos do banco estatal estão “bem acima” da média dos grandes bancos, o que pode ser um incentivo para os investidores que buscam retornos consistentes.
O analista prevê que o Banco do Brasil continuará apresentando um bom crescimento do net interest income (NII) em 2024, mesmo diante de uma esperada desaceleração econômica. Além disso, ele acredita que a qualidade dos ativos do banco está sob controle, o que deve contribuir para a estabilidade no cost of risk.
Com base em suas análises, o Bradesco estima que o Banco do Brasil deve entregar bons resultados no próximo ano, com um Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) entre 20% e 21%. O analista também elevou suas projeções para o lucro recorrente do Banco do Brasil em 7,2% para o próximo ano e em 11% para 2025.
Apesar de reconhecer os riscos associados a um banco estatal, o Bradesco acredita que o Banco do Brasil demonstrou melhorias significativas em seus resultados. No entanto, mesmo com essas melhorias, o banco ainda é negociado com um desconto relevante em relação à média histórica do setor.
Segundo as estimativas do Bradesco, o Banco do Brasil negocia a 0,8 vezes o valor contábil (book) e a 3,5 vezes o lucro estimado para o próximo ano. Esses números representam descontos de 16% e 39% em relação à média histórica, tornando-o uma opção atraente para os investidores que buscam valor.
Outro ponto positivo que o Bradesco ressaltou são os dividendos do Banco do Brasil. A instituição financeira estima que o banco estatal pagará um dividend yield de 11,6% no próximo ano, em comparação com uma média de 4,5%.
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