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Um banco com mais de 20 anos de trajetória que oferece produtos financeiros para companhias cujo faturamento pode chegar a R$ 2 bilhões, este é o Banco Pine (PINE4).
Em resumo, ele afirma estar posicionado para ser a melhor opção entre os bancos médios para empresas regionais. Além disso, a instituição também faz parte do grupo de empresas do segmento bancário listadas na Bolsa.
Mas quais são as suas características e destaques? O Banco Pine é uma opção confiável para se investir? Acompanhe a análise a seguir e tire suas próprias conclusões.
Sobre o Banco Pine
Fundado em 1997, o Banco Pine atua no mercado de atacado com foco em produtos financeiros para empresas, como câmbio, crédito, derivativos e operações estruturadas, por exemplo.
Assim, o seu público alvo envolve companhias divididas em dois grupos: (i) com faturamento de até R$ 500 milhões e (ii) com faturamento entre R$ 500 milhões e R$ 2 bilhões. Portanto, a sua estratégia de expansão se dá por meio da ampliação dessa base de clientes.
Por outro lado, o impacto da pandemia pelo Covid-19 levou a instituição a focar em seu produtos financeiros para capital de giro das empresas. Nesse sentido, os empréstimos se destacam por serem responsáveis por 67% da carteira de crédito do banco.
Sobre os seus acionistas, o maior destaque vai para o fundador do Banco Pine, Norberto Pinheiro. Antes de criar a instituição financeira, Pinheiro fazia parte do grupo controlador do Banco Central do Nordeste que, por sua vez, foi fundado pela sua família em 1939. Portanto, mesmo sendo uma instituição jovem, o Pine contou com uma maior experiência em seu comando. Saltando no tempo, vamos acompanhar os números mais recentes apresentados pelo banco.
Resultados recentes
Observando o desempenho consolidado de 2020, o desafio do Banco Pine foi conquistar resultados resilientes para o período, visto que a sua base de clientes foi diretamente impactada pela pandemia.
Nesse sentido, banco reportou um prejuízo contábil de R$ 64 milhões no ano. Comparado ao prejuízo de R$ 118 milhões de 2019, significa um avanço de 45,8% sobre esse indicador. Ainda assim, o que chama a atenção são os seguidos prejuízos que vem ocorrendo desde 2016.
Ao mesmo tempo, o ROE (Return On Investment) do banco se manteve negativo na maior parte dos trimestres de 2020. Nesse caso, o ROE do 4T20 se destaca por atingir um patamar negativo da ordem de 24%.
Sobre a sua carteira de crédito, houve um movimento de queda a partir de 2014, onde apresentava R$ 9,8 bilhões em carteira, para volumes mais baixos. Considerando os últimos três anos, houve uma certa estabilidade na faixa de R$ 4 bilhões.
A respeito da qualidade, houve uma melhora visto que a carteira de crédito D-H, ou seja, dos casos mais complicados, teve um menor peso. Enquanto ela tinha uma participação de 15,6% no quarto trimestre de 2019, o peso no 4T20 foi de 8,6%. Em contrapartida, observando os grupo dos 50 maiores devedores do Pine, eles são responsáveis por 47% da carteira total, sendo um fator relevante de risco.
Em relação ao Índice de Basileia, o banco apresentou um resultado de 11,7%. Assim, o indicador é aceitável por estar acima da exigência do Banco Central, mas não permite muitas manobras para a instituição financeira.
O Banco Pine é seguro para investir?
De acordo com os especialistas, os resultados do Banco Pine se mostram bem pressionados, com destaque para os prejuízos consecutivos nos últimos 5 anos.
Dessa forma, mesmo com melhoras na carteira D-H e na liquidez em geral, outros fatores pesam mais. Alguns deles, são o Índice de Basileia baixo e a concentração dos 50 maiores devedores muito elevada na carteira geral.
Por fim, este artigo não promove recomendações de compra ou venda de ativos, possuindo exclusivamente a finalidade de informar os leitores.
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