
A médica Dra. Marianna Magri alerta que deitar tarde reduz a liberação de melatonina e GH, comprometendo imunidade, humor e metabolismo. A boa notícia? Ajustar a rotina em passos simples devolve ao corpo o poder de se regenerar todas as noites.
O alerta que viralizou
Você provavelmente já se pegou rolando o feed depois das dez da noite, pensando: “só mais cinco minutos”. Contudo, segundo a endocrinologista Dra. Marianna Magri (CRM 182375), cada minuto além das 22 h rouba do organismo a oportunidade de entrar na fase mais reparadora do sono. Na rede social dela, o vídeo superou 2 milhões de visualizações em 48 horas e acendeu uma luz de emergência para quem adia a hora de dormir.
O que é a “janela de ouro” do sono?
Entre 21 h e 23 h, o corpo libera uma cascata hormonal de reparo:
- GH (hormônio do crescimento) restaura tecidos e fortalece os músculos.
- Melatonina sincroniza o relógio biológico e turbina a imunidade.
- Leptina e grelina equilibram fome e saciedade, prevenindo ataques noturnos à geladeira.
Quem ignora esse horário natural desregula todo o ciclo circadiano. Resultado? Acorda cansado, irritado e com aquela vontade insaciável de doce logo cedo.
Seu fígado trabalha enquanto você dorme
Das 22 h às 2 h, o fígado assume a missão detox, filtrando toxinas e metabolizando hormônios. Se você ainda está acordado, o processo perde eficiência, e resíduos se acumulam — é como tentar limpar a casa com todo mundo circulando pelos cômodos. Com o tempo, surgem ganho de peso, retenção de líquidos e aumento da inflamação silenciosa.
Consequências reais (e assustadoras) de dormir tarde
- Resistência à insulina: porta de entrada para pré-diabetes.
- Picos de cortisol: mais estresse, menos massa magra.
- Baixa imunidade: resfriados frequentes e cicatrização lenta.
- Humor instável: quedas na serotonina favorecem ansiedade e mau humor.
- Desregulação da tireoide: metabolismo mais lento e indisposição constante.
8 passos para voltar a dormir como um bebê
- Desligue telas às 21 h: a luz azul sabota a produção de melatonina.
- Abaixe as luzes: lâmpadas âmbar ou velas preparam o cérebro para o repouso.
- Chá calmante (camomila ou melissa) em vez de café ou refrigerante.
- Banho morno: queda leve da temperatura corporal induz sonolência.
- Leitura leve: livros físicos ajudam mais que e-readers iluminados.
- Meditação de 5 minutos: respirou fundo, o corpo entende que é hora de parar.
- Quarto escuro e silencioso: invista em cortinas blackout e tampões de ouvido.
- Constância: deitar e levantar nos mesmos horários, inclusive aos fins de semana.
E se meu trabalho é noturno?
Magri garante que ainda há saída: ajuste o turno de sono para que pelo menos parte dele aconteça na mesma faixa horária todos os dias e utilize máscaras de dormir e protetores auriculares para simular a escuridão e o silêncio noturnos.