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O CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, veio a público hoje (8) para confirmar que a Binance assinou um acordo para adquirir a rival FTX, sua principal rival.
CZ disse em um tweet que a FTX “pediu nossa ajuda”, acrescentando que, devido a “uma crise significativa de liquidez”, a Binance assinou uma carta de intenção não vinculativa para adquirir a FTX “para proteger os usuários”.
O CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, também disse em um tweet que a empresa “chegou a um acordo sobre uma transação estratégica com a Binance para a FTX”, acrescentando: “As coisas fecharam o círculo”.
A Binance foi um dos primeiros investidores estratégicos da FTX, mas a FTX comprou sua participação no ano passado, com Bankman-Fried sugerindo que as empresas diferiam em questões regulatórias.
O anúncio segue uma discussão no Twitter entre os dois gigantes das criptomoedas sobre questões relacionadas às finanças da Alameda Research, a trading fundada por Bankman-Fried.
CZ sugeriu uma divisão mais profunda entre as duas empresas, acrescentando: “Nós demos apoio antes, mas não vamos fingir fazer amor após o divórcio. Não somos contra ninguém. Mas não apoiaremos pessoas que fazem lobby contra outros players do setor pelas costas.”
A Binance é a maior exchange de criptomoedas com um volume diário de negociação de aproximadamente US$ 31 bilhões, de acordo com a CoinMarketCap. A FTX é a terceira com cerca de US$ 3,5 bilhões em volume diário de negociação.
FTX: o que houve com a exchange?
A crise da FTX começou quando boatos de insolvência da exchange deu início quando a CoinDesk revelou em um artigo na semana passada que o balanço da Alameda Research tinha mais token nativo da FTX, o chamado FTT do que qualquer outra moeda.
A empresa irmã da FTX, tinha ativos no valor de US$ 14,6 bilhões, segundo o relatório. Contudo, boa parte dos ativos da empresa estavam alocados em FTT, cerca de US$ 5,8 bilhões e outros US$ 292 milhões em FTT bloqueado, levantando questões sobre sua solvência.
Por meio de uma publicação da Dirty Bubble Media na sexta-feira (4), o investigador por trás do perfil, argumenta que as finanças da Alameda Research parecem estar baseadas em um esquema semelhante ao da Celsius.
Ou seja, ela está fortemente dependente de um único token controlado pela própria empresa.
“O maior ativo da Alameda é um token emitido pela outra empresa de SBF. […] É quase como se SBF tivesse encontrado uma maneira de hackear o sistema financeiro, imprimindo bilhões de dólares do nada, contra os quais ele conseguiu emprestar grandes somas de contrapartes desconhecidas. Quase como se ele tivesse descoberto uma máquina financeira de movimento perpétuo”
critica Burgersburg.
Desde então, o valor do FTT despencou mais de 20% nas últimas 24 horas. O volume de negociação aumentou 200%, mas a capitalização de mercado do token caiu 21%.
Agora com a compra da Binance, espera-se que o caso venha ser resolvido e que a FTX não tenha o mesmo fim que teve outros projetos como a Celsius.
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