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Bolsa da Argentina lidera performance global e Brasil fica em penúltimo lugar

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  • O ETF Global X MSCI Argentina (ARGT), que acompanha recibos de ações de 24 empresas argentinas negociadas em Nova York, é o fundo com o melhor desempenho global em 2024 até o momento
  • O resultado sólido do ARGT mantém a liderança que o fundo conquistou no final do ano passado, impulsionado pela vitória de Javier Milei na presidência da Argentina
  • Em contraste, o ETF iShares MSCI Brazil (EWZ), que reflete o desempenho de 58 empresas listadas na B3, registrou o segundo pior desempenho global no mesmo período

O ETF Global X MSCI Argentina (ARGT), que acompanha recibos de ações de 24 empresas argentinas negociadas em Nova York, se destaca como o fundo com o melhor desempenho global em 2024 até o momento. Este resultado sólido mantém a liderança que o ETF conquistou no final do ano passado. Dessa forma, impulsionado pela vitória de Javier Milei na presidência argentina. Em contraste, o ETF iShares MSCI Brazil (EWZ), que reflete o desempenho de 58 empresas listadas na B3. Registrando, assim, o segundo pior desempenho global no mesmo período.

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Entre janeiro e 11 de setembro de 2024, os investidores do ARGT desfrutaram de retornos impressionantes de quase 27%. Em comparação, aqueles que investiram no EWZ enfrentaram perdas significativas de 16,40% durante o mesmo intervalo.

A introdução das políticas de austeridade pelo presidente Javier Milei provocou uma reviravolta econômica na Argentina, o que contribuiu para o notável desempenho do ETF argentino. Em 2024, o país registrou seu primeiro superávit financeiro semestral desde 2008, um marco significativo considerando a situação econômica anterior.

As políticas de Milei incluíram medidas severas para combater a inflação, que ultrapassava 200%, como a desvalorização do peso, a remoção de controles de preços e cortes nas despesas governamentais. Essas reformas foram amplamente elogiadas por instituições internacionais, incluindo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Ou seja, o governo arrecadou mais do que gastou e a Argentina saiu de um expectativa muito ruim para uma muito boa, com números melhores de política fiscal, econômica e cambial que fizeram com que a expectativa das ações do país melhorasse”, disse o especialista Thiago Kurth Guedes.

No entanto, a recente alta na inflação de agosto sinalizou um retrocesso e lançou uma sombra sobre os avanços econômicos que o país havia alcançado até então. Apesar desse desafio, a eficácia inicial das políticas de Milei contribuiu para a robusta performance do ETF argentino em 2024.

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Enquanto isso, o panorama para o ETF brasileiro continua desafiador. Assim, refletindo as dificuldades econômicas que o Brasil enfrenta atualmente.

Vale a pena investir no ETF argentino?

Embora o ETF argentino tenha apresentado um desempenho impressionante, esse resultado pode não ser sustentável nos níveis atuais, de acordo com Thiago Kurth Guedes. Segundo o especialista, o ETF se recuperou de uma base muito baixa. E, assim, alcançou um nível de estabilidade, o que limita o potencial para novas valorizações significativas.

“Está num ponto OK. A gente está com uma classificação para esse ETF de estável e não vemos os problemas nele, mas ele já não tem tanto upside – ou seja, potencial de alta. Então quem tem pode manter, mas não seria um momento de entrada nesse fundo”, avalia.

EWZ caiu? O que aconteceu?

Até meados de setembro, o ETF brasileiro registrou o segundo pior desempenho do ano, com uma queda de 16,04%, superado apenas pelo fundo de ações mexicanas, que recuou 23,72%.

Enquanto a Argentina mostra sinais de recuperação, a situação fiscal do Brasil é motivo de maior preocupação, conforme apontam especialistas. A Verde Asset Management, liderada pelo renomado Luis Stuhlberger, afirmou no mês passado que os gastos governamentais estão “descontrolados nos primeiros 18 meses do mandato”, o que tem pressionado os juros e impactado o mercado acionário. Em resposta, a Verde anunciou que liquidou sua posição na bolsa brasileira devido ao cenário desfavorável.

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Bruno Cordeiro, gestor do K10 da Kapitalo Investimentos, seguiu uma estratégia similar, eliminando sua exposição ao mercado brasileiro em antecipação a possíveis aumentos nos juros. Felipe Guerra, CIO da Legacy, também expressou preocupações, mencionando recentemente na Expert XP que os juros no Brasil estão completamente desajustados.

Apesar dessas preocupações, a expectativa para o Ibovespa ao longo do restante do ano permanece positiva. De acordo com o Barômetro do Mercado, uma pesquisa especial realizada pelo InfoMoney com 44 gestoras de recursos, a estimativa média projeta o Ibovespa em 145 mil pontos até o final de 2024.


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