Continua após o anúncio
- Em maio de 2024, o Brasil teve déficit em transações correntes de US$ 3,4 bilhões, revertendo um superávit de US$ 1,1 bilhão do mesmo mês no ano anterior.
- Déficit acumulado em 12 meses até maio de 2024 foi de US$ 40,1 bilhões (1,79% do PIB), aumentando em relação aos US$ 35,7 bilhões do mês anterior, mas abaixo dos US$ 45,3 bilhões de maio de 2023 (2,24% do PIB).
- Expectativa era de déficit de US$ 3,5 bilhões em maio de 2024, segundo pesquisa da Reuters.
- Superávit na balança comercial de bens foi de US$ 6,4 bilhões, com exportações de US$ 30,7 bilhões (-6,9% interanual) e importações de US$ 24,3 bilhões (+3,1%).
- Déficit na conta de serviços subiu para US$ 4,5 bilhões (+38,9% em relação a maio de 2023).
- Déficit em renda primária foi de US$ 5,2 bilhões, ligeiramente superior ao registrado no ano anterior (US$ 5,1 bilhões em maio de 2023).
O Brasil apresentou um déficit em suas transações correntes de US$ 3,4 bilhões no mês de maio de 2024, conforme divulgado pelo Banco Central do Brasil nesta segunda-feira. Esta cifra representa uma inversão em relação ao superávit de US$ 1,1 bilhão registrado no mesmo período do ano anterior.
Ao longo dos últimos 12 meses até maio de 2024, o déficit acumulado totalizou US$ 40,1 bilhões, equivalendo a 1,79% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Este valor está acima do déficit anterior de US$ 35,7 bilhões (1,60% do PIB) registrado até abril de 2024, mas abaixo dos US$ 45,3 bilhões (2,24% do PIB) observados no mesmo período de 2023.
A expectativa dos analistas consultados pela Agência Reuters era de um déficit ligeiramente maior, estimado em US$ 3,5 bilhões para maio de 2024.
A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 6,4 bilhões em maio deste ano, uma queda em relação aos US$ 9,3 bilhões alcançados no mesmo mês de 2023. As exportações de bens totalizaram US$ 30,7 bilhões, representando uma diminuição de 6,9% em comparação anual, enquanto as importações aumentaram 3,1%, atingindo US$ 24,3 bilhões.
O déficit na conta de serviços aumentou para US$ 4,5 bilhões em maio de 2024, comparado a US$ 3,2 bilhões no mesmo período do ano anterior, refletindo um aumento de 38,9%. Em relação à renda primária, o déficit foi ligeiramente superior, totalizando US$ 5,2 bilhões, frente aos US$ 5,1 bilhões registrados em maio de 2023.
Esses resultados evidenciam os desafios enfrentados pelo Brasil em suas relações econômicas externas, destacando a pressão sobre setores específicos como serviços e renda primária, apesar do desempenho favorável na balança comercial de bens.
Investimentos Diretos no Brasil e Reservas Internacionais em Maio de 2024
- Investimentos Diretos no País: Em maio de 2024, os investimentos diretos no Brasil totalizaram US$ 3,023 bilhões, ficando abaixo da projeção de US$ 4,75 bilhões da pesquisa da Reuters e também dos US$ 4,4 bilhões registrados em maio de 2023.
- No último mês, os ingressos líquidos foram de US$ 1,7 bilhão em participação no capital e de US$ 1 bilhão em operações intercompanhia. O investimento direto acumulado em 12 meses alcançou US$ 66,0 bilhões em maio de 2024, representando 2,95% do PIB, uma leve queda em relação a abril (US$ 67,3 bilhões, 3,02% do PIB) e a maio de 2023 (US$ 68,3 bilhões, 3,38% do PIB).
- Reservas Internacionais: As reservas internacionais do Brasil atingiram US$ 355,6 bilhões em maio de 2024, um aumento de US$ 4,0 bilhões em comparação ao mês anterior.
- Este aumento foi impulsionado principalmente por variações positivas de preços, contribuindo com US$ 1,9 bilhão, e por paridades, com US$ 804 milhões. As receitas de juros no mês totalizaram US$ 727 milhões.
Follow @oguiainvestidor
DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.