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Brasileiros possuem contas em mais de quatro bancos, mas têm seus favoritos, diz Google

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Com cada vez mais instituições financeiras no mercado, o maior desafio dos bancos brasileiros é se tornar o favorito dos consumidores. Um novo estudo do Google encomendado aos institutos Quantas e Liga Pesquisa mostra que os brasileiros têm contas em cerca de quatro bancos diferentes, mas consideram apenas dois como os principais, ou seja, aqueles que usam para a maioria das transações. A pesquisa mostra ainda que as pessoas conhecem, em média, mais de 20 bancos e já tiveram algum tipo de relacionamento com pelo menos sete deles.

Os dados revelam que o segmento financeiro vive tempos parecidos com a época em que os brasileiros usavam vários chips em seus smartphones, tudo para conseguir acesso às melhores vantagens na hora de comprar crédito pré-pago. No caso dos bancos, os consumidores tentam aliar atributos como a solidez dos grandes bancos, ao mesmo tempo em que podem usufruir da experiência de usuário proporcionada pelos bancos digitais.

De acordo com a pesquisa, os dados mostram que os motivos que levam os brasileiros a considerar um banco como “principal” incluem a frequência de transações (apontada por 77% dos entrevistados), o recebimento de salário (58%), a oferta de crédito (49%) e a concentração de seus investimentos (44%). No caso do segundo banco de escolha, a concentração de investimentos foi o segundo fator mais apontado (34%), atrás apenas de frequência de transações (37%) e ficando à frente de oferta de crédito (33%) e recebimento de salário (30%).

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Para a pesquisa, os institutos entrevistaram 2.500 brasileiros bancarizados, ou seja, que têm acesso a algum produto financeiro, com uma amostra que inclui todas as classes sociais e regiões do país. O estudo foi realizado entre abril e maio de 2023.

Experiência digital é gatilho para mudança

O estudo também mostrou que mais da metade dos entrevistados (57%) considera trocar a marca do seu banco principal, sendo que 17% afirmaram que há “muitas chances” de mudarem sua escolha atual. A maior predisposição de mudança está nas pessoas de classe A (65%), das regiões Sudeste e Centro-Oeste (59%) e que possuem entre 25 e 34 anos (59%).

De acordo com a análise, o maior gatilho para eleger um banco como principal é a experiência digital, ou seja, quando o consumidor tem acesso a um aplicativo e site que são fáceis de usar e permitem fazer todas as movimentações pela internet. Em segundo lugar está a segurança, ou seja, a percepção do consumidor de que não terá problemas nas transações do dia-a-dia e também de que está se relacionando com um banco que tem solidez, ou seja, baixo risco de quebrar.

preço das tarifas bancárias aparece na sequência (cartão de crédito sem anuidade, taxas de juros baixas, além de isenção ou tarifa menor para manutenção da conta corrente) e conveniência (que concentre tudo num lugar só, seja fácil de abrir a conta, e onde o cliente possa receber salário ou benefícios do governo).

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Grandes bancos x nativos digitais

O estudo também comparou os diferentes motivos que levam os consumidores a escolher entre os grandes bancos ou um nativo digital como favoritos. O comparativo mostra que, os primeiros se destacam em atributos como “banco sólido”, ter “agência física” e permitir “receber salário”. Já os digitais são normalmente escolhidos por “ter aplicativo”, permitir “movimentações pela internet”, “ter tudo num lugar só”, além de oferecer “cartão sem anuidade” e “facilidade para abertura de conta”.

“Hoje temos quase 190 milhões de brasileiros bancarizados, número que cresceu de forma acelerada durante a pandemia por conta do auxílio emergencial”, afirma Mônica de Carvalho, diretora de negócios do Google Brasil. “O grande desafio das instituições financeiras, sejam elas grandes bancos ou nativas digitais, é conquistar o consumidor que já é cliente de outra marca e se tornar o seu banco principal.”

Em outro cruzamento de dados, analisando o tipo de banco escolhido entre as diferentes classes sociais, o estudo mostrou que os grandes bancos têm maiores chances de serem os escolhidos por consumidores das classes A e B, enquanto os digitais se destacam na classe C. Entre a população da classe D e E, a relação é mais próxima com os bancos tradicionais, em especial a Caixa Econômica Federal, que permitem o acesso a benefícios sociais oferecidos pelo governo federal.

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Em relação à faixa etária e região, os nativos digitais são os favoritos entre os mais jovens (na faixa etária entre 18 e 34 anos) e também entre as pessoas que moram no Norte e Nordeste. A pesquisa mostra que os grandes bancos, por outro lado, aparecem com mais força entre os consumidores com idade acima dos 45 anos e entre os consumidores da região Sudeste.

“Se manter como o banco principal do consumidor exige um trabalho contínuo para convencer o consumidor sobre as vantagens que ele terá ao fazer isso. Os bancos não devem achar que o jogo está ganho, pois a chance de uma troca é grande”, diz Vitor Zenaide, líder de insights para finanças do Google Brasil

“Ao cuidar do cliente e garantir que ele entenda essas vantagens, os bancos têm a oportunidade de acelerar o uso de diferentes produtos financeiros e gerar maior rentabilidade.”


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