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Após prejuízo, BRF registra lucro de R$ 823 mi no último trimestre de 2023, impulsionado por melhorias no mercado internacional e queda nos preços das commodities.
A BRF encerrou o último trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 823 milhões, revertendo prejuízo anterior. Melhorias no mercado global e redução nos custos de produção impulsionaram os resultados, com destaque para o Oriente Médio. O CEO Miguel Gularte atribui o sucesso ao programa de melhoria contínua, prevendo estabilidade nos preços das commodities em 2024.
BRF reverte prejuízo e alcança lucro expressivo no quarto trimestre
A BRF (BRFS3) anunciou um lucro líquido de R$ 823 milhões no último trimestre de 2023, revertendo significativamente o prejuízo de R$ 956 milhões do mesmo período do ano anterior. Esse desempenho foi impulsionado por uma série de fatores, incluindo melhorias no mercado internacional e uma queda nos preços das commodities, que são um dos principais custos da empresa.
O Ebitda da companhia cresceu 84% durante o período, totalizando R$ 1,9 bilhão. Embora a receita líquida tenha registrado uma leve queda de 2,4%, fechando em R$ 14,4 bilhões, a geração de caixa operacional foi robusta, atingindo R$ 1,7 bilhão, com um caixa livre de R$ 613 milhões.
Para o CEO da BRF, Miguel Gularte, esse resultado representa o ponto culminante de um ciclo de melhoria contínua que começou no final de 2022, gerando melhorias superiores a R$ 2,2 bilhões. Gularte destacou que a empresa previu esse desempenho e conseguiu atingir suas metas para o último trimestre, transformando o programa de melhoria contínua em parte da cultura organizacional.
Dois fatores principais contribuíram para os resultados do quarto trimestre: a queda nos preços das commodities, que reduziu os custos de produção, e a recuperação do mercado internacional. Especificamente, o Oriente Médio foi uma região de destaque, onde a BRF se beneficiou da retomada da demanda e dos preços.
Internamente, a decisão estratégica de aumentar a posição comprada em grãos no terceiro trimestre permitiu à empresa evitar os aumentos de preços nos últimos três meses, já que as cotações se recuperaram. Gularte enfatizou a eficácia do modelo preditivo da empresa, que quase acertou 100% dos momentos corretos para compra e venda.
Para 2024, Gularte expressou otimismo, afirmando que a BRF iniciou o ano em uma posição sólida. A expectativa é de estabilidade nos preços dos grãos no primeiro semestre, com a possibilidade de uma nova queda na segunda metade do ano, com a entrada da safra americana no mercado.
Gerdau (GGBR4) lucra R$ 732 milhões no 4T de 2024
Outra empresa que também apresentou bons resultados ontem, foi a Gerdau, principal produtora de aço no Brasil, que registrou lucro líquido de R$ 732 milhões no 4° trimestre de 2024. Em relação ao mesmo período do ano de 2022, o resultado da empresa sofreu queda de 45,1%. Já em comparação ao 3° trimestre de 2023, o resultado foi 54% inferior ao recorte, conforme o comunicado divulgado ontem, terça-feira (20).
Conforme indicado no relatório de desempenho da empresa, a redução nos resultados pode ser atribuída principalmente à diminuição nos volumes de entregas nas operações, bem como às questões econômicas na Argentina, que afetaram as operações na América do Sul.
A empresa enfatizou que manteve níveis saudáveis de rentabilidade, resultado de sua transformação ao longo dos anos para se tornar mais resiliente e adaptada ao cenário externo. Esse processo incluiu o desenvolvimento de um portfólio de produtos mais equilibrado, permitindo à Gerdau enfrentar desafios e manter sua robustez no mercado.
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