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Casas Bahia (BHIA3) anuncia lucro melhor que as expectativas

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  • A Casas Bahia (BHIA3) divulgou um lucro líquido de R$ 37 milhões no segundo trimestre de 2024
  • Dessa forma, revertendo seu prejuízo de R$ 492 milhões no mesmo período do ano anterior
  • O Ebitda ajustado, no entanto, foi de R$ 452 milhões

A Casas Bahia (BHIA3) divulgou um lucro líquido de R$ 37 milhões no segundo trimestre de 2024. Dessa forma, revertendo seu prejuízo de R$ 492 milhões no mesmo período do ano anterior. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado, no entanto, foi de R$ 452 milhões. Assim, com uma queda de 3,5%, porém uma margem Ebitda 0,7 ponto porcentual maior, em 7%.

A receita líquida da Companhia, portanto, caiu 13,5%, ficando em R$ 6,479 bilhões.

“A Casas Bahia reportou resultados melhores do que o temido no 2T24. Embora a receita tenha ficado amplamente em linha com as expectativas pouco exigentes, mais uma vez a margem Ebitda ajustada surpreendeu positivamente devido à margem bruta melhor do que o esperado. Isso foi impulsionado por um mix de vendas mais favorável, já que a empresa continua a se concentrar em um sortimento mais lucrativo e a mudar algumas categorias de 1P [estoque próprio] para 3P [marketplace]”, avaliou o Goldman Sachs.

Em resumo, o Ebitda absoluto superou as expectativas do Goldman e da Bloomberg em 6% e 7%, respectivamente. A dinâmica do capital de giro, contudo, também mostrou melhorias (-23 dias ano a ano, impulsionada pelos estoques). Assim, levando o consumo de fluxo de caixa livre a melhorar de forma significativa anualmente.

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Rentabilidade

Portanto, na visão da XP, os resultados foram fracos, explicando-se: “uma vez que a reestruturação continua a prejudicar o crescimento da receita e os resultados financeiros a pressionar o lucro, mas a rentabilidade teve melhora”.

O GMV (vendas brutas de mercadorias) total, no entanto, também diminuiu 12% em relação ao ano de 2023, este, impulsionado por um fraco desempenho das vendas online no 1P (-34%). Isto, ainda, devido ao menor investimento no canal B2B e ajustes no mix de produtos, enquanto o ambiente macro desafiador continuou a ser um obstáculo para o desempenho no varejo físico (-2,5%). Ainda, no 3P (estável em relação ao ano anterior). Como resultado total, as vendas líquidas consolidadas caíram 14%.

A XP, por sua vez, também apontou que a rentabilidade foi o destaque da Companhia, visando as iniciativas de reestruturação, como a otimização de estoques e mix de produtos. Além de sustentarem a melhora da margem bruta (+1,5 p.p., em relação ao ano de 2023 e +0,8 p.p em relação ao 1T24). Mesmo que, embora a margem Ebitda ajustada tenha aumentado em menor escala devido à desalavancagem operacional.

Prejuízo ajustado

Portanto, o prejuízo líquido ajustado foi de R$ 384 milhões, dessa forma, impactado por pesadas despesas financeiras, enquanto a geração de caixa foi positiva em R$ 127 milhões, apoiada pela monetização de créditos tributários. Embora com pagamentos ainda elevados de contingências trabalhistas (R$ 190 milhões).

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O JPMorgan, no entanto, também ressalta os resultados operacionais como “fracos”, mas visa a recuperação, no 2T24, afetados por um ambiente de demanda desafiador. Isto, além do plano de recuperação em andamento. Nesse contexto, as vendas líquidas caíram 13% ano a ano, enquanto a empresa expandiu a margem bruta e Ebitda.

 “Ainda assim, o lucro por ação ajustado (excluindo o impacto do reperfilamento da dívida) foi de – R$ 3,40 versus – R$ 5,30 no ano passado e abaixo do consenso de – R$ 2,60. Em nossas estimativas, ao excluir os R$ 357 milhões em venda de créditos fiscais, a empresa queimou cerca de R$ 180 milhões de caixa trimestralmente”, apontou o banco.

Para a Genial, no entanto, o destaque da Companhia ficou diretamente para os dados de vendas. Apesar de consolidar uma dinâmica operacionalmente fraca, com uma retração de 11,8% no volume total de vendas ano a ano, para a Genial, a performance no canal de lojas físicas não veio tão ruim quanto o esperado. De forma que o grupo registrando um GMV de Lojas Físicas de R$ 5,9 bilhões (-1,7% na comparação ao ano, 5,2% acima da projeção da Genial).

Já na visão do Bradesco BBI, o banco, por sua vez, ressalta que os resultados não estavam muito distantes de suas expectativas em termos de nível de contração de vendas e lucro. 

“À medida que a empresa avança com seu plano de transformação, os resultados do 2T24 ainda permaneceram sob pressão, especialmente na linha superior, embora com bastante progresso na margem, aproximando-se dos níveis históricos”, avaliou o banco.

Plano de transformação da Companhia

A companhia, por sua vez, forneceu uma atualização sobre as iniciativas do seu plano de transformação, de junho de 2023 a março de 2024. Isto, em que a principal meta era lucratividade/fluxo de caixa, mesmo ao custo da contração do GMV. Dessa forma, agora avança para “apostas seletivas” de investimentos para fortalecer o negócio principal. Isto, além de aumentar as receitas (meta do cronograma: abril de 2024 a maio de 2025) para, somente então, até o 2S25, acelerando a expansão.

“Vemos que a pressão do plano de transformação sobre os resultados está em grande parte ficando para trás e agora a empresa deve entrar em uma fase de encontrar caminhos para aumentar a receita de forma sustentável, sem prejudicar as margens e impulsionar a alavancagem operacional – para níveis mais normalizados”, avalia o BBI.

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