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O Grupo Casas Bahia (BHIA3) reportou resultados do terceiro trimestre de 2023 (3T23) piores do que o esperado, com um prejuízo 311% maior em relação ao mesmo período do ano anterior. As ações da empresa abriram em queda de 12,28%, fechando a R$ 0,50. A reestruturação da companhia e os esforços para limpar os estoques impactaram negativamente os resultados, com destaque para uma provisão de R$ 100 milhões relacionada a uma parceria de marca conjunta.
O Grupo Casas Bahia (BHIA3) divulgou resultados do terceiro trimestre de 2023 (3T23) que ficaram abaixo das expectativas, levando a uma forte queda nas ações da empresa. As ações abriram a sessão com uma queda de 12,28%, fechando a R$ 0,50. Vale ressaltar que a variação percentual das ações é significativa devido ao baixo valor nominal das ações da Casas Bahia.
A companhia, que está passando por um processo de reestruturação, registrou um prejuízo líquido de R$ 836 milhões no terceiro trimestre de 2023, o que representa um aumento de 311% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este é o quinto trimestre consecutivo em que a empresa apresenta resultados líquidos negativos, sendo que o último trimestre com lucro foi o segundo trimestre de 2022, quando registrou um lucro de R$ 16 milhões.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado também foi negativo no trimestre, totalizando R$ 66 milhões, revertendo o resultado positivo em comparação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida teve uma leve queda de 6,3% em relação ao terceiro trimestre de 2022, chegando a R$ 6,590 bilhões.
A empresa enfrentou desafios no trimestre devido ao cenário macroeconômico desafiador, investimentos menores em B2B (business-to-business) e o fechamento de 11 lojas nos últimos 12 meses. O volume bruto de mercadoria (GMV) atingiu R$ 9,81 bilhões, uma queda de 4,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O GMV de mercadoria própria (1P) caiu 6,3%, para R$ 8,5 bilhões, enquanto o GMV de terceiros (marketplace, ou 3P) aumentou 13,8%, chegando a R$ 1,3 bilhão.
O faturamento bruto das lojas físicas teve uma queda de 2,7% em base anual, totalizando R$ 4,98 bilhões no terceiro trimestre de 2023, enquanto a receita das lojas online alcançou R$ 2,85 bilhões, uma redução de 9,7%.
A margem bruta da empresa contraiu 7,7 pontos percentuais (p.p.) em relação ao ano anterior, impactada por ações promocionais para redução de estoques e uma provisão de R$ 100 milhões relacionada ao desempenho abaixo do esperado em uma parceria para cartões co-branded. Isso, juntamente com maiores pagamentos de processos trabalhistas (+74% em relação ao ano anterior), levou o EBITDA ajustado a patamares negativos, compensando as otimizações de despesas com menores investimentos em marketing e redução de funcionários.
Apesar do prejuízo contábil de R$ 836 milhões, o fluxo de caixa livre (FCF) foi positivo em R$ 955 milhões, impulsionado principalmente pelos estoques (R$ 760 milhões) e recebíveis (R$ 600 milhões), embora tenha sido parcialmente compensado pelos pagamentos de demandas judiciais (-R$ 350 milhões) e fornecedores (-R$ 550 milhões).
O Grupo Casas Bahia está passando por um processo de reestruturação e lançou um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) de R$ 600 milhões para melhorar sua flexibilidade financeira. A empresa também descontinuou 23 categorias de produtos não rentáveis.
Apesar dos resultados negativos, a direção da empresa acredita que as medidas de reestruturação estão dentro do esperado, com oportunidades adicionais de até R$ 500 milhões mapeadas. A geração de caixa ainda é insuficiente para atender às obrigações, mas a empresa está buscando maneiras de melhorar sua situação financeira.
As análises das instituições financeiras sobre as ações da Casas Bahia variam, com algumas mantendo recomendação neutra e preço-alvo em torno de R$ 0,60, enquanto outras recomendam venda, com preço-alvo de R$ 0,50. O quarto trimestre será crucial para determinar se a empresa conseguirá se recuperar de sua atual situação financeira.
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