Continua após o anúncio
As classes C e D/E impulsionaram o aumento do número de brasileiros que investem em produtos financeiros em 2022. Segundo dados da 6ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) em parceria com o Datafolha, o percentual de investidores da classe C passou de 29% para 36% (aumento de 5 milhões de pessoas), enquanto o da D/E evoluiu de 16% para 20% (2 milhões de novos investidores) e o da A/B de 52% para 57% (expansão de 1 milhão de pessoas).
A média da população passou de 31% em 2021 para 36% em 2022, o que corresponde um aumento de 8 milhões de brasileiros, totalizando aproximadamente 60 milhões de investidores.
|
Base: Total da Amostra — 2022: 5.818 entrevistas / 2021: 5.878 entrevistas
E a expectativa é de um aumento de 5 pontos percentuais, com a entrada de 9 milhões de novos investidores, segundo projeção do Datafolha.
“A pesquisa está indicando alguma recuperação depois dos impactos negativos gerados pela pandemia e pela crise econômica que ainda não se dissipou. Não temos dados para toda a população para o período pré-pandemia, quando a pesquisa era feita só com as classes ABC. Mas o recorte para essa parcela da população sugere que estamos recuperando a capacidade de poupar e o acesso a produtos financeiros que havíamos atingido antes da pandemia” afirma Marcelo Billi, superintendente de Educação da ANBIMA.
“A crise pela qual passamos nos últimos anos deve despertar em parte importante da população o desejo de poupar e investir porque ela explicitou como a falta de reservas e planejamento financeiro deixam as pessoas e as famílias vulneráveis em períodos de imprevistos e instabilidade econômica. É o momento de fortalecermos nossos esforços de educação financeira, uma ferramenta essencial para contribuir para a qualidade de vida e saúde mental das pessoas”, completa.
Otimismo com a economia
O otimismo com o ambiente macroeconômico colabora na decisão de mais brasileiros desejarem investir em produtos financeiros. Segundo a pesquisa, quando questionados sobre a economia brasileira, 66% afirmaram que o ano de 2023 será melhor do que 2022. Na análise por classe social, o percentual é ainda maior nas classes DE (74%).
|
Base: Total da Amostra — 2022: 5.818 entrevistas / 2021: 5.878 entrevistas
Follow @oguiainvestidor
DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.