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Colheita cai 12% em 2019; maior afetada é a produção de soja

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A soja, que corresponde à 15% dos produtos exportados, sofre queda e resultado ameaça a balança comercial.

Produtos exportados sofrem queda aproximada à 12% este ano, conforme estimativas da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec). A previsão é que sejam exportados 73 milhões de toneladas, confrontado a 82,8 milhões no mesmo período de 2018.

De acordo com Sérgio Castanho Teixeira, diretor geral da Anec, se a quebra for maior e essa produção não for alcançada, pode haver um impacto maior.

“Estamos prevendo esse volume de envios com base numa safra de 116 milhões de toneladas”, afirma.

Problemas climáticos

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área de plantação pode manter seu ritmo similar dos últimos dez anos, de 35,8 milhões de hectares. Todavia, a produtividade será prejudicada pelas condições climáticas de cada região.

Portanto, locais que contém exportação intensa podem sofrer desfalques devida falta de chuva e temperaturas elevadas. Como no caso do sudoeste paulista, conhecido pela produção de soja, no qual obteve lavouras com perdas de 15%.

“Somente na regional de Itapeva a perda atinge 1 milhão de sacas, sendo mais da metade no próprio município de Itapeva”, destaca Vandir Daniel da Silva, dirigente da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado em Itapeva.

Além disso, o Mato Grosso é maior produtor de soja do Brasil. Ainda assim obteve desempenho inferior às expectativas do mercado, diz André Debastiani, coordenador do Rally da Safra.

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O principal motivo, que refletiu na baixa performance, se deve às altas temperaturas entre os meses de janeiro e fevereiro. Para Debastiani, este foi o fator responsável por encurtar o ciclo agrícola.

Por outro lado, segundo o agricultor Valdir Edemar Fries, em dezembro, o plantio passou por estiagem. Com isso, ficou praticamente 20 dias sem ocorrências de chuvas.

“Antecipamos a colheita em 15 dias porque a estiagem e o calor anteciparam o ciclo da lavoura”, acrescenta. “Nesses talhões, tive perdas de 30% numa área e de 60% em outra, que tinha um solo menos estruturado”, conclui.


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