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Colunista do Wall Street Journal chama Lula de “Dinossauro da Guerra Fria”

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Em análise publicada no último domingo (17) no The Wall Street Journal, a colunista Mary Anastasia O’Grady expôs duras críticas à condução política e econômica do Brasil sob o comando de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A jornalista apontou a fragilidade interna e a perda de influência do país na América Latina como resultados das decisões do governo, empossado em janeiro de 2023.

Cenário político e alianças controversas


O artigo destacou a proximidade de Lula com governos autoritários, como o da Venezuela. Segundo O’Grady, o apoio brasileiro à decisão de não validar a vitória eleitoral da oposição no país vizinho é um sinal preocupante. A colunista também criticou a atuação do Brasil no bloco Brics — formado por Rússia, Índia, China e África do Sul — que busca reduzir a influência ocidental no cenário global.

“Lula prefere aliados que não insistem em governos limitados, como seus parceiros no Brics. O grupo tenta enfraquecer a hegemonia do dólar e criar mecanismos financeiros alternativos, o que mina os interesses democráticos”.

escreveu O’Grady.

Ela descreveu o presidente como um “dinossauro da Guerra Fria”, que estaria mais interessado em concentrar poder do que em implementar uma agenda utópica socialista. “A luxúria pelo poder que um modelo corporativo centralizado oferece é evidente”, afirmou.

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Indicadores econômicos preocupantes


O cenário econômico brasileiro também foi alvo de críticas. A colunista apontou o déficit público, que atingiu 9,34% do PIB, de acordo com dados do Goldman Sachs. Essa situação, segundo ela, reflete uma falta de responsabilidade fiscal que prejudica a recuperação econômica e afeta diretamente os mais pobres.

Outro ponto levantado foi a proposta de Lula de taxar bilionários globalmente. O’Grady considerou a medida incoerente, dado o histórico de corrupção associado ao Partido dos Trabalhadores (PT). “Lula está desperdiçando a autoridade moral e o peso econômico necessários para que o Brasil aspire a ser uma hegemonia regional na América do Sul”, criticou.

Autonomia do Banco Central sob risco


A substituição de Roberto Campos Neto pelo economista Gabriel Galípolo na presidência do Banco Central foi apontada como um movimento que pode enfraquecer a autonomia da instituição. Para O’Grady, essa mudança abre espaço para decisões políticas que desconsideram as bases técnicas da economia, ampliando os riscos para a população mais vulnerável.

A colunista reforçou que a independência do Banco Central é crucial para conter inflação e garantir estabilidade financeira. Qualquer interferência nesse sentido, segundo ela, pode prejudicar gravemente a credibilidade do país junto a investidores e organismos internacionais.

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Impactos regionais e globais


Para O’Grady, o Brasil de Lula busca há muito tempo substituir os Estados Unidos como a principal potência na América do Sul, mas as atuais políticas comprometem essa ambição. “Ser uma hegemonia regional exige autoridade moral e peso econômico. Lula está perdendo ambos ao focar em centralização de poder e em alianças que não promovem valores democráticos”, afirmou.

A análise concluiu que, caso o atual direcionamento político e econômico continue, o Brasil enfrentará graves consequências, tanto internamente quanto na relação com seus vizinhos.


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