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Com nova alta da Selic, renda fixa passa a gerar ganhos de 1% ao mês

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Patamar dos juros acima de 13% torna aplicações de renda fixa ainda mais atrativas para investidores

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada, o Banco Central (BC) elevou a taxa Selic novamente, alcançando o patamar de 13,25% ao ano. O aumento de meio ponto percentual significa o 11º avanço consecutivo da taxa básica de juros da economia brasileira. Com isso, a Selic atingiu o maior patamar desde novembro de 2015, quando estava em 13,75% ao ano. 

Para além do objetivo primário do Banco Central de tentar conter a inflação, a alta dos juros também causou um impacto nos investimentos. Muitos investidores perceberam que não precisavam se expor tanto à volatilidade da renda variável para obter uma boa rentabilidade. Algumas opções de renda fixa, inclusive, passaram a oferecer rendimento líquido médio acima de 1% ao mês. 

“Rendimento líquido é o valor além do investido inicialmente que pinga na conta do investidor depois de descontados todos os impostos e taxas”

explica Liao Yu Chieh, educador financeiro do C6 Bank.

“Sempre existiram opções de renda fixa livres de impostos, mas, com a alta dos juros, aumentaram também as opções que oferecem rendimento líquido de 1% ao mês mesmo entre aquelas que são descontadas.” 

Poupança, debêntures incentivadas, LCIs, LCAs, CRIs e CRAs são alguns dos exemplos de aplicações livres de Imposto de Renda (IR) e de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para pessoas físicas. No caso delas, para saber se é possível obter o rendimento desejado, basta olhar para a rentabilidade prometida.

“LCIs e LCAs pós-fixadas, por exemplo, normalmente têm o rendimento atrelado ao CDI, que é uma taxa que caminha praticamente junto com a Selic. Assim sendo, enquanto a Selic estiver no patamar atual, uma LCI ou LCA que oferece rendimento de 100% do CDI renderá acima de 1% ao mês”

afirma Liao. 

No entanto, é importante ressaltar que o cálculo da rentabilidade mensal é apenas uma referência ao investidor, já que a maioria dos investimentos de renda fixa paga o rendimento apenas no resgate. Além disso, opções de renda fixa pós-fixadas, ou seja, as que têm seu rendimento atrelado a um indicador e não a uma taxa predefinida, têm uma remuneração variável. Isso significa que se o CDI aumentar até o momento do resgate, o rendimento também aumenta, mas se o CDI diminuir, o rendimento também diminuiu e, nesse caso, pode ser que o rendimento líquido de 1% ao mês se perca. 

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Para fugir dessa incerteza, o investidor também pode procurar por opções de renda fixa prefixadas. Essa modalidade de investimento define já no momento da aplicação qual será o rendimento no momento do resgate. Neste caso, uma LCI ou LCA com rendimento acima de 12,68% ao ano, por exemplo, sempre renderá mais que 1% ao mês. Mas elas não são tão fáceis de encontrar. 

Os CDBs prefixados, por sua vez, já são mais populares, mas IR e IOF incidem sobre seus rendimentos. Nesse caso, Liao explica que, além do rendimento, é importante olhar para o prazo.

“A alíquota do Imposto de Renda varia conforme o tempo que o dinheiro ficou aplicado. Nesse cenário, um CDB prefixado que pague 15,06% ao ano com prazo de resgate superior a dois anos renderá mais de 1% ao mês, porque a alíquota do IR chegará ao mínimo” 

afirma Liao.

Já no caso dos CDBs pós-fixados, os cálculos do educador financeiro do C6 Bank estimam que, se os juros se mantiverem constantes no patamar atual, é necessário encontrar uma rentabilidade de 114,56% do CDI no prazo de dois anos para obter o desejado rendimento médio de 1% ao mês.

“Agora, caso o investidor não saiba quando irá resgatar, para garantir que terá rendimento médio acima de 1% ao mês mesmo com a alíquota máxima do Imposto de Renda, será necessário encontrar uma aplicação que ofereça rentabilidade de 126,21% do CDI ao ano”.

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