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Após dois pregões consecutivos de queda, os contratos de juros futuros interromperam a tendência baixista e realizaram um movimento de lucro. Mesmo com o dólar ultrapassando a marca de R$ 4,80 e os juros dos Treasuries de dez anos caindo, a curva do DI sinalizou um esgotamento do movimento de queda.
Às vésperas do anúncio do IPCA-15 de julho, a Fazenda ajustou para baixo as previsões de inflação deste ano e do próximo. O secretário de Política Econômica da Fazenda destacou que há uma maior chance de o IPCA encerrar o ano próximo ao limite superior da meta estabelecida pelo CMN.
Os contratos de DI apresentaram aumento no fechamento, indicando uma realização de lucro.
Contratos de juros futuros interrompem movimento baixista e registram realização de lucro
Os contratos de juros futuros tiveram um dia de interrupção no movimento baixista observado nos dois pregões anteriores e registraram uma realização de lucro. Embora o dólar tenha ultrapassado a marca de R$ 4,80 e os juros dos Treasuries de dez anos tenham apresentado queda, a curva do DI sinalizou um esgotamento do movimento de queda e os contratos subiram de ponta a ponta.
A expectativa em relação ao anúncio do IPCA-15 de julho, que será divulgado na próxima semana, trouxe ajustes para baixo nas previsões de inflação deste ano e do próximo por parte da Fazenda. As estimativas foram reduzidas de 5,58% para 4,85% para este ano e de 3,63% para 3,30% para o próximo ano.
O secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou que há agora uma maior chance de o IPCA encerrar o ano próximo ao limite superior da meta estabelecida pelo CMN, que é de 4,75%.
No fechamento do dia, os contratos de DI apresentaram os seguintes números: jan/24 subiu para 12,770% (de 12,753%); jan/25 para 10,800% (de 10,727%); jan/26 para 10,195% (de 10,128%); jan/27 para 10,220% (de 10,146%); jan/29 para 10,580% (de 10,490%); e jan/31 para 10,760% (de 10,665%).
Fluxo comercial positivo impulsiona queda do dólar, que fecha abaixo de R$ 4,79
O dólar fechou abaixo de R$ 4,79 nesta quarta-feira, impulsionado pelo fluxo comercial positivo, de acordo com analistas. A moeda americana apresentou queda em relação a outras divisas emergentes, como o peso chileno, o mexicano e a lira turca. No entanto, o real teve uma das melhores performances do dia, em uma lista com 33 moedas.
Os dados divulgados pelo Banco Central revelaram uma entrada de US$ 3,17 bilhões na semana passada, sendo US$ 2,897 bilhões pelo canal financeiro e US$ 273 milhões pelo canal comercial. Esses números reforçaram a percepção de um fluxo positivo de recursos estrangeiros para o país, o que contribuiu para a desvalorização do dólar.
Apesar da valorização do dólar em relação a seus pares internacionais – o índice DXY subiu 0,33% para 100,273 – o real teve força suficiente para se fortalecer e fechar abaixo de R$ 4,79. Essa queda foi influenciada também pela desaceleração da inflação na zona do euro e no Reino Unido, conforme indicaram dados de junho.
Ao final do pregão, o dólar à vista fechou com uma queda de 0,48%, cotado a R$ 4,7857, após oscilar entre R$ 4,7822 e R$ 4,8224. Já o dólar futuro para agosto apresentava uma queda de 0,65%, cotado a R$ 4,7935 às 17h11.
No cenário internacional, o euro recuou 0,24%, sendo cotado a US$ 1,1202, enquanto a libra-esterlina teve uma queda de 0,77%, atingindo US$ 1,2938.
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