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Veja porque a Coreia do Norte falhou e a Coreia do Sul prosperou
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Coreia do Sul fecha corretoras cripto e trava R$ 75 mi

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Com a entrada em vigor da Lei de Proteção ao Usuário de Ativos Virtuais na Coreia do Sul, o setor de criptomoedas do país sofreu um abalo significativo. Desde o início da semana, 11 corretoras encerraram suas operações, enquanto outras três suspenderam temporariamente os serviços, totalizando 14 exchanges atualmente indisponíveis. A medida afetou mais de 33 mil investidores que, juntos, possuem o equivalente a R$ 75 milhões em ativos bloqueados.

Segundo informações do Korea Times, o novo cenário regulatório tem sido um desafio para diversas corretoras de criptomoedas. Grandes empresas internacionais, como a Huobi, estão entre as impactadas pelas novas exigências de conformidade. A lei, que tem como objetivo proteger os investidores e criar um ambiente mais seguro no setor de ativos digitais, também trouxe altos custos de conformidade para as exchanges, forçando muitas delas a encerrar ou suspender atividades.

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Reguladores buscam reduzir impactos sobre investidores

A Comissão de Serviços Financeiros (FSC) sul-coreana, responsável pela aplicação das normas, está monitorando o impacto da nova legislação e trabalhando para minimizar perdas dos investidores. A agência também desenvolveu diretrizes, em parceria com a Digital Asset eXchange Alliance, para auxiliar na devolução dos ativos bloqueados. No entanto, a complexidade do processo de devolução, principalmente em um mercado ainda em desenvolvimento como o de criptoativos, pode resultar em desafios adicionais para garantir o acesso dos investidores aos seus fundos.

Estima-se que os clientes impactados tenham um saldo acumulado de 17,8 bilhões de wons (cerca de R$ 75 milhões), enquanto outras exchanges mantêm bloqueados aproximadamente 30,7 bilhões de wons em ativos. Com o aumento das demandas regulatórias, o setor de criptomoedas enfrenta uma crise de conformidade, tornando o cenário desafiador para corretoras menores e médias, que podem não conseguir absorver os altos custos para cumprir as novas exigências.

Efeito Terra (LUNA) e o impacto na confiança regulatória

As novas regulamentações fazem parte de um esforço do governo para prevenir futuros problemas no mercado de criptomoedas, que já enfrentou crises notáveis, como o colapso da criptomoeda Terra (LUNA). Criada pelo sul-coreano Do Kwon, a Terra ganhou notoriedade antes de sua queda abrupta, que impactou milhares de investidores e minou a confiança do público no setor de ativos digitais. Atualmente, Do Kwon enfrenta acusações e aguarda extradição enquanto detido em Montenegro.

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Esse episódio levou a uma reformulação regulatória mais rigorosa na Coreia do Sul. “Queremos evitar que outros casos como o da LUNA ocorram e proteger os investidores de riscos semelhantes”, afirmou o deputado Kang Min-kuk ao Korea Times. Ele destacou que a nova legislação não só busca regulamentar o setor, mas também visa evitar a ocorrência de pirâmides financeiras sob o disfarce de projetos inovadores. Para muitos investidores e reguladores, a experiência da LUNA reforça a necessidade de supervisão contínua e de um mercado cripto mais controlado.

Previsão de mais fechamentos no setor

Com os novos regulamentos, espera-se que outras corretoras enfrentem dificuldades semelhantes. Embora o fechamento e a suspensão de atividades de algumas exchanges sejam reflexos diretos da nova legislação, especialistas acreditam que a tendência possa se acentuar nos próximos meses, especialmente entre corretoras que não consigam se adaptar aos custos elevados de conformidade. De acordo com o deputado Kang Min-kuk, o crescimento regulatório no país pode levar mais corretoras a interromper suas operações, impactando o setor de forma ainda mais ampla.

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A aplicação de novas leis de proteção ao investidor é uma tentativa de atrair mais confiança ao setor, mas também pode restringir o acesso dos pequenos investidores e de corretoras menores. À medida que o mercado financeiro sul-coreano avança em direção a uma regulamentação mais rigorosa, a participação de empresas e investidores internacionais será essencial para que o setor continue a crescer, mantendo um ambiente seguro e transparente para os investidores.


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