Continua após o anúncio
Relatório aponta declínio de crimes com criptomoedas no primeiro semestre de 2023, exceto por aumento nos golpes de ransomware.
De acordo com um relatório da TradingPedia, os crimes envolvendo criptomoedas tiveram uma queda expressiva no primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior. A redução chega a mais de US$ 5,2 bilhões. No entanto, os golpes de ransomware foram a única modalidade que apresentou crescimento, totalizando um aumento de US$ 449 milhões.
Os golpes em geral tiveram a maior queda, seguidos pelos ataques hackers e crimes cibernéticos. Ainda assim, os ransomwares geraram um lucro de US$ 175 milhões. Especialistas alertam para a importância de medidas de segurança cibernética para evitar esses tipos de ataques.
Relatório aponta redução expressiva de crimes com criptomoedas, exceto por crescimento nos golpes de ransomware
Um relatório divulgado pela TradingPedia revelou que os crimes envolvendo criptomoedas tiveram uma queda significativa no primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
De acordo com os dados, houve uma redução de mais de US$ 5,2 bilhões em crimes com criptomoedas. No entanto, os golpes de ransomware foram a única modalidade que apresentou crescimento, registrando um aumento de US$ 449 milhões.
O relatório destaca que os golpes em geral foram os que tiveram a maior queda no mercado, com perdas de US$ 3,24 bilhões no primeiro semestre de 2023. No mesmo período em 2022, os golpes de criptomoedas causaram prejuízos superiores a US$ 4 bilhões. Ou seja, os golpistas arrecadaram menos de US$ 800 milhões este ano.
Além dos golpes, os ataques hackers também registraram uma redução no valor roubado, com uma queda de US$ 1,12 bilhão, seguidos pelos crimes cibernéticos com uma queda de US$ 839 milhões. No entanto, os ransomwares foram a exceção, gerando um lucro de US$ 175 milhões no primeiro semestre de 2023.
O aumento dos golpes de ransomware é uma preocupação, uma vez que representa 90% do valor total roubado através desse tipo de crime em todo o ano de 2022, o que equivale a cerca de US$ 500 milhões. Os ransomwares são programas maliciosos que bloqueiam o acesso a arquivos ou sistemas de um dispositivo e exigem um resgate em criptomoedas para liberar o acesso.
Operação Kripto da Polícia Federal desarticula esquema de fraudes com criptomoedas em Santa Catarina
Ainda sobre golpes com criptomoedas, a Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (18) a operação Kripto em Santa Catarina, com o objetivo de combater fraudes relacionadas a criptomoedas.
A investigação teve início no ano de 2021, quando a PF identificou que os investigados estavam captando recursos de terceiros para supostos investimentos em criptomoedas, prometendo rentabilidade por meio de operações com esses ativos.
Durante as diligências, os agentes descobriram que um dos investigados teria se apropriado dos valores recebidos das vítimas do esquema. Estima-se que o prejuízo causado pelos supostos golpistas chegue a R$ 1,5 milhão.
Os crimes investigados são contra o sistema financeiro nacional e podem resultar em pena de um a quatro anos de reclusão, além de multa. Por questões legais, a Polícia Federal não divulgou o nome da empresa envolvida nem os nomes dos investigados alvo da operação Kripto.
O modus operandi dos investigados assemelha-se ao de esquemas de pirâmide financeira, nos quais as criptomoedas são utilizadas como isca para atrair vítimas. Geralmente, essas empresas ou seus líderes prometem rendimentos periódicos aos investidores com retornos muito acima do praticado no mercado.
Vale ressaltar que oferecer um rendimento fixo sobre aplicações em criptomoedas não é possível, devido à volatilidade desse tipo de ativo. Os preços das criptomoedas podem variar significativamente em curtos períodos de tempo.
As práticas fraudulentas envolvendo criptomoedas têm sido recorrentes no Brasil, com diversas empresas sendo apontadas como pirâmides financeiras pelas autoridades. Um dos casos mais recentes de destaque é o da GAS Consultoria, liderada por Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, que movimentou R$ 38 bilhões em um esquema de pirâmide e está preso desde 2021.
Diante do aumento dessas pirâmides envolvendo criptomoedas, a Câmara dos Deputados instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em junho para investigar esse tipo de fraude. A CPI convocou representantes de importantes exchanges de criptomoedas do Brasil e suspeitos de operarem esquemas fraudulentos, incluindo o próprio Glaidson, que prestou depoimento na condição de investigado. A investigação busca combater esses crimes e proteger os investidores do mercado de criptomoedas no país.
Follow @oguiainvestidor
DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.