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Dia de Copom: para onde vai à taxa Selic hoje?

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A quarta-feira de COPOM chegou, e com ela periódica reunião do comitê de política econômica, que anuncia a cada 45 dais ao mercado suas expectativas para a economia brasileira, e claro, define a taxa de juros (Selic). Assim, o mercado aproveita as horas que antecedem a definição para especular um pouco os rumos da reunião do comitê.

Os Indicadores de inflação seguem mostrando que o problema ainda não acabou, apesar do bom controle econômico adotado pelo Banco Central, com uma forte política de juros, ainda temos muito da inflação para combater.

Para os que já estão familiarizados com política econômica, o aumento dos juros durante 2022 era obvio. Afinal, o aumento da Selic é a mais básica ferramenta de controle de inflação.

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Considerando que, um juro mais alto onera o consumo e os investimentos, o que retira a circulação de produtos e serviços “cortando pela raiz” os problemas inflacionários. O mercado americano corrige este movimento, com o recente aumento dos seus juros. E se a principal economia mundial puxou a fila, o Brasil não ficaria de fora.

A alta dos juros não é uma boa notícia para o mercado em geral. Afinal, conforme dito, altas taxas deixam o capital mais oneroso. As empresas seguram mais seus investimentos e, por consequência, não devem apresentar grandes disparadas operacionais.

No entanto, o mercado também precifica uma alta nos juros como uma resposta de que “o avião ainda possuiu um piloto”.

Assim, fica complicado imaginar um cenário onde o COPOM comece a afrouxar as rédeas dos juros, e economistas apontam uma manutenção da taxa atual no patamar dos 13,75%.

E no restante de 2023?

Analistas do BTG Pactual esperam que este movimento de correção nos juros globais sigam durante 2023, e especulam uma taxa Selic terminal de 12,75% em 2023.

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Para o Bank Of America (BofA), o início do ciclo de cortes da Selic deve começar em junho do ano que vem. Outras instituições têm adiado a previsão desse início para 2024. O banco estima o IPCA 2022 em 5,8% e o 2023 em 4,8%. O principal risco para a projeção no próximo ano, segundo o chefe de estratégia para América Latina do banco, David Beker, é a volta dos impostos sobre os combustíveis.

Por ora, a redução do IPCA em 2023 permitirá que o BC inicie um ciclo de flexibilização da taxa Selic em junho. Em relação aos dados de novembro, divulgados hoje pelo IBGE, Becker avalia que alimentos no domicílio, eletrodomésticos e itens de higiene pessoal foram as principais surpresas negativas.


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