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Ações da Petrobras reagem positivamente após declarações do presidente; Natura enfrenta maior queda do dia.
No cenário da bolsa de valores, os papéis da Petrobras tiveram uma recuperação durante a sessão desta quarta-feira (4ªF). O presidente da empresa, Jean Paul Prates, declarou no Senado que a companhia implementará reajustes nos preços dos combustíveis conforme a necessidade, mas sem seguir o Preço de Paridade de Importação (PPI). Essas afirmações impulsionaram as ações da estatal, que também receberam um aumento na recomendação do Bradesco BBI, passando de neutra para outperform (equivalente a compra).
As ações da Petrobras apresentaram alta, com #PETR3 fechando em +2,95% (R$ 34,55) e #PETR4 em +2,20% (R$ 31,54), destacando-se entre as maiores altas do Ibovespa. #SBSP3 também teve destaque positivo, subindo 5,53%, a R$ 57,80, após a notícia de que a prefeitura de São Paulo pode aderir à unidade regional da companhia, simbolizando o apoio à privatização.
No entanto, a Natura enfrentou a maior queda do dia. A #NTCO3 registrou uma queda de -8,90%, atingindo R$ 16,48. Além disso, outras ações também tiveram desempenho negativo, incluindo #HAPV3, com -5,78%, e #ALPA4, com -4,98%.
Entre as maiores altas, #IRBR3 teve um crescimento de +11,86% (R$ 44,25), seguida por #MGLU3 com +7,22% (R$ 2,97) e #VIIA3 com +5,92% (R$ 1,79).
No setor bancário, a maioria das ações fechou em baixa, com destaque para #BBAS3, que teve um aumento de +0,86% (R$ 47,16). #BBDC3 apresentou -1,46% (R$ 13,52), #SANB11 registrou -1,08% (R$ 26,60), #BBDC4 teve -0,52% (R$ 15,25) e #ITUB4 apresentou -0,07% (R$ 27,07).
Ata do Fed e cenário político brasileiro moldam comportamento do Dólar
Quanto ao dólar à vista, a moeda encerrou o dia com poucas variações em relação ao real, após uma sessão marcada por oscilações. Os investidores acompanharam de perto a evolução das moedas emergentes, e o dólar no Brasil seguiu uma trajetória de volatilidade similar.
Durante a maior parte da sessão, a moeda norte-americana operou em baixa, refletindo um movimento de correção após ter registrado ganhos consistentes nos últimos dias, acumulando mais de 5% de valorização ao longo do mês de agosto.
Um fator crucial que influenciou o comportamento do dólar foi o cenário político interno. Após as declarações que geraram mal-estar por parte do ministro Fernando Haddad no início da semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, fez um pronunciamento tranquilizador.
Ele indicou que está empenhado em levar o arcabouço fiscal para votação final na próxima semana, o que gerou um sentimento de otimismo entre os investidores e contribuiu para a estabilidade do dólar.
No cenário internacional, o dólar teve momentos de alívio frente a outras moedas durante a manhã. Isso foi impulsionado pelos dados de crescimento do PIB da zona do euro, que atingiram as expectativas, pela produção industrial do bloco que superou as previsões e pela desaceleração da inflação no Reino Unido. No entanto, a tarde trouxe uma mudança de rumo quando a Ata do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, foi divulgada.
A Ata do Fed revelou que os membros da instituição continuam preocupados com a inflação e não descartam a possibilidade de implementar novas altas nas taxas de juros, dependendo dos próximos indicadores econômicos. Apesar desse cenário, as expectativas do mercado se mantêm em relação a uma pausa no processo de aumento das taxas de juros na reunião de setembro.
Ao final do dia, o dólar à vista encerrou praticamente estável em relação ao real, com uma variação negativa de apenas 0,01%, fechando a R$ 4,9864. Enquanto isso, o dólar futuro para setembro apresentou uma leve alta de 0,01%, atingindo US$ 5,0015. Nos mercados internacionais, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a outras moedas principais, subiu 0,28%, chegando a 103,493 pontos. O euro registrou uma queda de 0,27%, sendo cotado a US$ 1,0876, enquanto a libra esterlina ganhou 0,16%, alcançando US$ 1,2722.
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