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Entre agosto de 2021 e o então momento de 2022, a taxa básica de juros tem passado por um período de altas, consequência da necessidade de reajustes no mercado.
Entretanto, o volume total de crédito imobiliário em 2021 foi o maior da história e, segundo Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, é esperado que em 2022 a totalidade de financiamento seja igual a do último ano, ou ainda maior, uma vez que a Caixa elevou de R$ 150 bilhões para R$ 155 bilhões a estimativa para a concessão de crédito imobiliário neste ano.
Também, a partir de agora, estima-se que a taxa Selic finalmente fique estagnada em um valor, entrando, então, em uma fase de reduções ao longo do ano.
Assim, podemos caracterizar o momento como vantajoso para a aquisição de um imóvel, lembrando que, mesmo se uma propriedade for adquirida e seu financiamento feito em um momento de altas, o proprietário poderá fazer uma portabilidade de crédito assim que começar o declínio das taxas, conseguindo valores menores.
Além disso, fatores como home office fizeram com que os brasileiros voltassem a olhar a casa própria como um investimento importante para a família, então, o mercado está movimentado.
De acordo com dados da Central de Serviços Eletrônicos do CNB, Colégio Notarial do Brasil, entre junho de 2020 e maio de 2021, as emissões de escrituras de compra e venda de imóveis cresceram cerca de 36%.
Diante desse cenário, Renato Martins Rodrigues, Head de Operações da Kzas Krédito, única solução que transforma digitalmente todo processo de contratação de crédito imobiliário, alerta que, apesar de a compra de um imóvel representar a realização de um sonho, é importante ter em mente que também envolve grandes responsabilidades e decisões.
“Imóvel no mercado, realmente, é o que não falta, mas identificar oportunidades de negócio que caibam no orçamento sem atrapalhar a rotina financeira, que atendam às necessidades particulares e que tragam menos dor de cabeça possível, exige atenção”, afirma.
Confira 5 dicas do executivo para não errar na hora de comprar um imóvel:
Índice de conteúdo
1 – Entenda a melhor região para você
Por vezes, temos tendência em ser bairristas, ou seja, nos apegamos a bairros que já conhecemos ou frequentamos, e deixamos grandes oportunidades passarem.
Então, pesquise outras regiões além das mais populares (claro, que sejam de fácil acesso para você) e dê uma olhada nos imóveis ali. Você pode se surpreender. É fundamental também levar em consideração a facilidade de deslocamento e a segurança da região.
É importante pensar nas necessidades básicas das pessoas que moram com você. Se vocês forem um casal, ou um casal com filhos, lembre-se que essas pessoas mudam de trabalho — e irão precisar ter fácil acesso a ele — a família e parentes podem precisar estar próximos, os filhos podem precisar mudar de escola.
Mesmo se for se mudar sozinho, pense bem nas necessidades já existentes e nas que podem vir pela frente.
2 – Pondere entre imóvel novo ou usado
Lembre-se de fazer um paralelo com imóveis que possuem mais de 15 anos e imóveis com menos de 15 anos, pois isso é algo que, quando se vai comprar a casa própria, precisa-se saber.
Ao passo que imóveis novos possuem plantas menores e algumas facilidades, como varanda gourmet, os imóveis mais antigos possuem metragens maiores e cômodos mais espaçosos.
Assim, se você não gosta de nada apertado, passa mais tempo em casa e prefere aquelas plantas que separam os cômodos das áreas comuns, você pode se sentir mais acolhido em um imóvel com, pelo menos, 10 anos, que possui paredes mais espessas e essas outras características.
3 – Se atente nas características do imóvel
Primeiro, pensamos na distribuição das plantas. Os projetos de hoje em dia estão com plantas menores, porém, com distribuição muito bem aproveitadas e planejadas.
Atualmente, temos incorporadoras que estudam projetos de navios e de aviões para otimizar os espaços dos imóveis mais compactos.
Varanda gourmet, o sonho de muitos que querem a casa própria, também só surgiu nas plantas mais recentes, e virou um item quase obrigatório na busca de imóveis, principalmente pela grande São Paulo.
4 – Avalie os espaços de lazer
Muitos edifícios atuais contam com áreas comuns cada vez mais ricas e amplas, que são um verdadeiro chamariz. Elas te oferecem piscinas, academias, área gourmet, espaço para reuniões e Coworking, setor exclusivo para o recebimento de entregas, petshop interno e muito mais.
Vale ressaltar que, se você é alguém que tem a vida corrida, que não fica em casa, ou não gosta de nadar, fazer exercícios e se envolver com atividades comuns em espaços públicos, possivelmente vai acabar não usando nada que o espaço te oferece.
Mas, mesmo assim, a conta do condomínio chega todo mês para você pagar. Então, pense bem sobre procurar um imóvel com as mesmas características e condições, mas sem estas atrações que pesam mais em seu orçamento.
5 – Opte pelo imóvel que cabe no seu bolso
De fato, todos que vão comprar seu próprio imóvel entendem bem esta frase: a casa própria é um investimento para a vida. Por isso, existem vários pontos para fazer com que esta compra realmente seja um investimento, não uma dor de cabeça (e de bolso).
A primeira coisa é: se lembra do seu FGTS? Agora é a hora em que esta “poupança forçada” vai ajudá-lo a comprar um imóvel. Para fazer uso do FGTS, é preciso ter 3 anos de carteira assinada, não possuir nenhum outro imóvel já em seu nome e usar este primeiro imóvel estritamente para moradia.
Também, verifique o melhor momento para um financiamento. Veja se a porcentagem das taxas teve uma redução e quais bancos estão com as melhores oportunidades de crédito.
E, fique de olho no comprometimento da renda. A porcentagem máxima que pode ser comprometida com o financiamento de imóvel é 30%, ou seja, se você ganha R$ 10.000, pode usar apenas R$ 3.000. Se atentar a isso é muito importante para uma boa escolha.
Importante
Além do preço, o processo de compra de um imóvel envolve custos extras que parte das pessoas desconhece, como os custos de compra, que são: pagamento do ITBI (imposto de transmissão de bens imóveis), escritura e registro do imóvel em cartório.
Estes valores, quando somados, chegam a custar em torno do equivalente a 5% do imóvel, portanto, lembre-se de guardar essa “gordurinha” na hora de comprar a casa própria.
“Apesar de o financiamento não ser um processo simples, hoje, o mercado oferece soluções que podem desburocratizar essa fase da compra de um imóvel. A tecnologia, por exemplo, é um ponto crucial para facilitar o acesso ao crédito imobiliário e garantir que tudo aconteça de forma eficiente”, finaliza Rodrigues.
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