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Distância entre Pix e boleto é a menor do histórico de meios de pagamento no e-commerce

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Uma diferença de 6,8 pontos percentuais separa o boleto do Pix, respectivamente o segundo e o terceiro colocados no ranking de meios de pagamento aceitos pelas maiores lojas online do Brasil. O número foi apurado pelo Estudo de Pagamentos Gmattos em sua edição mais recente, de março.

Trata-se da menor distância entre as duas modalidades ao longo de todo o histórico desse levantamento realizado pela Gmattos, consultoria que há 20 anos identifica tendências na agenda dos pagamentos online no país.

A primeira edição do estudo data de janeiro de 2021, e, desde então, o Pix embarcou em uma curva de crescimento, ao passo que o boleto se manteve estável.

No Estudo de Pagamentos Gmattos relativo ao primeiro mês de 2021, o Pix era aceito por 16,9% dos comércios virtuais no Brasil, enquanto a aceitação do boleto era de 74,6% – uma diferença de 57,7 pontos percentuais.

Na ocasião, o Pix estava em quinto no ranking dos meios de pagamento no e-commerce, e na edição de março de 2022 do estudo ele desponta em terceiro.

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O boleto manteve o segundo lugar em todo esse período, mas agora sua posição está ameaçada pelo Pix, sobretudo se analisado o potencial de crescimento desse novo meio de pagamento. Várias lojas, inclusive, oferecem descontos para quem paga com Pix.

Da base de estabelecimentos que ainda não operam com Pix, 72% aceitam algum tipo de pagamento à vista (débito ou boleto).

Isso indica que seriam lojas com alguma propensão de negócio para habilitar a aceitação do Pix; afinal, dada a conversão superior e o custo compatível, não haveria motivos para não o adotar que não fossem técnicos — como a dificuldade na integração do novo meio.

O potencial de aceitação do Pix pode chegar a 90%, considerando o segmento de lojas que ainda não operam com essa forma de pagamento, mas que aceitam algum tipo de recebimento à vista”, afirma Gastão Mattos, cofundador e CEO da Gmattos.

O Pix, por sinal, assumiu pela primeira vez, no quarto trimestre de 2021, a liderança entre os meios de pagamento em geral no país, tendo sido mais usado no total de transações do que os cartões de débito e de crédito no período, de acordo com o Banco Central.

Nos últimos três meses do ano passado, a quantidade de transações com Pix somou 3,89 bilhões, 34% mais que no trimestre anterior. A maioria delas (72%), contudo, foi feita entre pessoas físicas, tipo de operação não usualmente realizado por cartões.

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Avanço sobre o débito

Apesar de competirem pelo segundo lugar no ranking dos meios de pagamento no comércio eletrônico brasileiro, Pix e boleto não concorrem diretamente entre si pela preferência dos lojistas.

Do grupo de lojas que operam com Pix, 83% aceitam simultaneamente boletos, enquanto 36% atuam com algum tipo de débito.

Assim, conforme já haviam mostrado edições anteriores do Estudo de Pagamentos Gmattos, os dados apurados em março mantêm a conclusão de que o Pix vem favorecendo a decadência na aceitação do débito.

Embora o débito banco tenha subido de 13,6% em janeiro para 16,9% em março, a modalidade débito consolidada sofreu queda no período de 30,5% para 27,1%, atingindo seu menor patamar desde a primeira edição do estudo. A baixa foi puxada pelo débito bandeira, que caiu de 15,3% em janeiro para 13,6% em março.

As wallets também estão em viés de baixa: sua aceitação atingiu em março seu menor percentual (44,1%) no histórico do Estudo de Pagamentos Gmattos. Apesar da diminuição, a modalidade mantém sua relevância, com quase metade da amostra estudada operando com algum tipo desse meio de pagamento.

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Absoluto na liderança do ranking da Gmattos de meios de pagamento no e-commerce no Brasil permanece o crédito, com a mesma aceitação de 98,3% verificada em todas as edições do estudo desde janeiro de 2021. Na mais recente, foi detectada a ocorrência de parcelamento estendido no cartão em até 18 vezes para itens mais caros.

A edição de março analisou 59 lojas online de destaque no mercado brasileiro, dos mais diversos segmentos, as quais, juntas, representam 85% do comércio eletrônico do país. A maior parte das observações aconteceu entre os dias 09 e 15 de março de 2022.


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