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Dólar recua com otimismo sobre reforma tributária no Brasil, mas teto da dívida nos EUA causa tensão.
O dólar retomou a trajetória de baixa em relação ao real nesta quarta-feira, refletindo a aprovação positiva do arcabouço fiscal pela Câmara dos Deputados.
A proposta foi aprovada com uma ampla margem de votos, reforçando o otimismo dos investidores sobre a aprovação da reforma tributária ainda neste semestre. No entanto, no cenário internacional, o dólar manteve uma trajetória ascendente, com o mercado atento ao impasse nas negociações para elevar o teto da dívida dos Estados Unidos.
A ata do Federal Reserve, divulgada no meio da tarde, mostrou que os membros do banco central americano estão divididos sobre manter os juros no atual nível ou aplicar uma nova alta em junho.
Otimismo interno e tensões externas influenciam o mercado cambial
O dólar caiu em relação ao real nesta quarta-feira, após ficar estacionado no dia anterior. A moeda americana foi influenciada pela aprovação do arcabouço fiscal pela Câmara dos Deputados na noite de terça-feira. A proposta passou com um placar amplo de 372 votos a 108, o que reforçou o otimismo dos investidores sobre a aprovação da reforma tributária na Câmara ainda neste semestre.
No entanto, no cenário internacional, o dólar manteve uma trajetória ascendente. O mercado está monitorando o impasse nas negociações para elevar o teto da dívida dos Estados Unidos.
A ata do Federal Reserve, divulgada no meio da tarde, praticamente não mudou a rota da moeda. O documento mostrou que os membros do banco central americano estão divididos sobre manter os juros no atual nível ou aplicar uma nova alta em junho.
No Brasil, o Banco Central informou que o fluxo cambial teve uma saída expressiva de US$ 2,270 bilhões na semana passada, de 15 a 19 de maio. Isso foi puxado pela conta financeira, que registrou saída de US$ 2,983 bilhões, enquanto a conta comercial teve entrada de US$ 714 milhões.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,37%, para R$ 4,9540, depois de oscilar entre R$ 4,9358 e R$ 4,9678. Às 17h02, o dólar futuro para junho recuava 0,41%, a R$ 4,9590. Lá fora, o DXY subia 0,38%, aos 103,880 pontos. O euro caía 0,19%, para US$ 1,0753. E a libra perdia 0,44%, a US$ 1,2362.
Essas oscilações refletem as tensões e incertezas do mercado global. Enquanto o otimismo com a reforma tributária impulsiona a moeda brasileira, as preocupações com o teto da dívida nos EUA e a possível mudança na política de juros do Federal Reserve mantêm os investidores em alerta.
A situação da dívida dos EUA é particularmente preocupante. Se o teto da dívida não for elevado, o governo americano pode ficar sem dinheiro para pagar suas obrigações, o que poderia causar uma grande perturbação nos mercados financeiros globais.
No entanto, apesar dessas preocupações, o mercado de câmbio brasileiro parece estar mais focado nas questões internas no momento. A aprovação do arcabouço fiscal e a perspectiva de uma reforma tributária bem-sucedida estão impulsionando o real, pelo menos por enquanto.
Ainda assim, os investidores estarão observando de perto os desenvolvimentos nos EUA e em outros mercados globais, pois esses fatores podem ter um impacto significativo no valor do real em relação ao dólar.
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