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Dólar recua a R$ 4,85 em sessão de apetite por risco global, impulsionado por expectativa de manutenção de juros nos EUA.
Nesta segunda-feira, o dólar apresentou uma acentuada queda, atingindo a marca de R$ 4,85 em meio a uma sessão de apetite por ativos de risco em nível global. Tanto o cenário doméstico quanto o internacional estavam relativamente tranquilos, mas investidores demonstraram disposição para adquirir ativos de maior risco, enquanto reduziam suas posições defensivas.
A confiança no mercado permaneceu inalterada em relação à semana anterior, com a maioria dos analistas acreditando que o Federal Reserve dos Estados Unidos não aumentará as taxas de juros ainda este ano, em decorrência dos indicadores de emprego mais fracos e sinais de desaceleração na inflação.
Mercado cambial reage à expectativa de manutenção das taxas de juros nos EUA e leilão de Treasuries
Nesta segunda-feira, o mercado cambial registrou uma queda significativa do dólar em relação ao real, com a moeda norte-americana alcançando o patamar de R$ 4,85. Esse movimento foi impulsionado por uma sessão de apetite por ativos de risco em escala global. Tanto o cenário doméstico quanto o internacional se mostraram relativamente calmos, porém, investidores demonstraram disposição para comprar ativos de maior risco, enquanto reduziam suas posições defensivas.
A confiança dos mercados permaneceu inalterada em relação à semana anterior, com a maioria dos analistas acreditando que o Federal Reserve dos Estados Unidos (Fed) não aumentará as taxas de juros ainda este ano. Essa perspectiva se baseia em dados econômicos mais fracos de emprego nos EUA e sinais de desaceleração da inflação.
Um evento que contribuiu para a queda do dólar foi um leilão de Treasuries de 20 anos, que registrou uma demanda significativamente acima da média, resultando em taxas mais baixas do que as observadas em operações recentes. Esse desenvolvimento fortaleceu a tendência de enfraquecimento da moeda americana.
As declarações do presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, não tiveram impacto significativo na trajetória do dólar. Barkin afirmou que a “inflação americana parece estar baixando, mas o trabalho ainda não está feito” e alertou que, se a inflação aumentar, será necessário adotar medidas adicionais de aumento das taxas de juros.
Por outro lado, a libra esterlina ganhou força durante a tarde devido às declarações do presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, que mencionou ser “cedo demais para declarar vitória contra a inflação” e “pensar em cortes de juros” no Reino Unido.
O dólar à vista fechou em baixa de 1,10%, a R$ 4,8517, enquanto o dólar futuro para dezembro apresentou queda de 1,18%, cotado a R$ 4,8565. No cenário internacional, o índice DXY recuou 0,45%, para 103,448 pontos, enquanto o euro e a libra registraram ganhos em relação ao dólar.
Mercados internacionais em alta enquanto aguardam diretrizes do Fed; Ibovespa se destaca impulsionado por ações do setor de metais
Na segunda-feira, os mercados financeiros de Nova York registraram ganhos, com as bolsas de valores fechando em alta, em um dia marcado por uma agenda relativamente vazia em termos de eventos econômicos e corporativos. Os investidores estavam especialmente atentos à espera da divulgação da ata do Federal Reserve (Fed), programada para o dia seguinte, que prometia fornecer importantes indicações sobre a direção da política monetária nos Estados Unidos.
O índice Dow Jones, composto por blue chips, avançou 0,58%, encerrando o dia aos 35.151,04 pontos. O S&P500, que representa uma ampla gama de empresas listadas, teve um ganho de 0,74%, atingindo os 4.547,38 pontos, enquanto o Nasdaq, que concentra empresas de tecnologia, subiu 1,13%, chegando aos 14.284,53 pontos. Esses ganhos refletiram a confiança dos investidores no cenário econômico e a expectativa de manutenção das políticas de estímulo do Fed.
No mercado de renda fixa, os retornos dos Treasuries recuaram. O juro do T-bond de 30 anos caiu para 4,564%, em comparação com os 4,5908% registrados na sexta-feira anterior. Os juros das T-notes de 2, 5 e 10 anos também apresentaram queda, refletindo o clima de menor aversão ao risco nos mercados.
No Brasil, o Ibovespa seguiu a tendência positiva dos mercados internacionais, com destaque para as ações ligadas ao setor de metais. O índice testou a marca dos 126 mil pontos durante o pregão, mas acabou fechando pouco abaixo desse nível, aos 125.957,06 pontos, registrando um ganho de 0,95%. O volume financeiro negociado na bolsa brasileira foi de R$ 23,2 bilhões, em linha com a média diária de outubro.
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