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A moeda norte-americana à vista encerrou o dia cotada a 5,5907 reais na venda, em alta de 1,50%.
A semana começou com o dólar registrando um disparo, indo para R$ 5,65 e encerrando a sessão de hoje no maior valor em dois anos e meio.
O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,65 na venda, em alta de 1,13%. Este é o maior preço de fechamento desde 10 de janeiro de 2022, quando encerrou em R$ 5,67. Em 2024, a divisa acumula elevação de 16,53%.
Segundo informações, novamente os profissionais do mercado citaram o desconforto com a política fiscal do governo Lula como principal motivo para a demanda pela moeda norte-americana, em um dia marcado ainda pelo avanço da divisa dos EUA no exterior.
O presidente Lula, afirmou nesta segunda que quem quer o Banco Central autônomo é o mercado, acrescentando que o próximo presidente da autarquia olhará o Brasil da forma que o país realmente é, e não do jeito que o mercado financeiro fala.
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Cotação do dólar
Na última sexta-feira, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,5907 na venda, em alta de 1,50%, atingindo até então o maior valor de fechamento desde 10 de janeiro de 2022. Em junho, o dólar subiu 6,46% e, no acumulado do ano, 15,14%.
Hoje, pela manhã, o relatório Focus mostrou que a projeção mediana do mercado para a inflação em 2024 passou de 3,98% para 4,00% e em 2025 de 3,85% para 3,87%. Em ambos os casos as expectativas estão se distanciando do centro da meta de 3% para a inflação. A projeção de inflação para 2026 subiu pela nona semana consecutiva.
Além disso, as projeções do Focus mostraram que o país seguirá com déficit primário pelo menos até 2027, já após o atual governo Lula. Já a projeção para o câmbio no fim de 2024 subiu de R$ 5,15 para R$ 5,20 — um valor que, segundo operadores, é improvável no curto prazo.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,652
- Venda: R$ 5,653
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,666
- Venda: R$ 5,846
Com falas de Lula, Dólar sobe 15% no 1º semestre de 2024
O dólar encerrou em alta na última sexta-feira (28), acumulando uma valorização superior a 15% no primeiro semestre de 2024. Cotado a R$ 5,5884, a moeda americana atingiu seu maior valor desde 10 de janeiro de 2022, quando estava a R$ 5,6742.
O câmbio sofreu um impacto negativo após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticar novamente o Banco Central do Brasil (BC). Em entrevista à rádio O Tempo, Lula afirmou que o patamar de juros no Brasil “vai melhorar” quando ele indicar o próximo presidente do BC.
Luan Aral, especialista em câmbio da Genial Investimentos, comentou que tais declarações aumentam a apreensão no mercado financeiro. “Essas falas trazem receio ao mercado, que entende a sinalização de Lula como uma possibilidade de intervenções que poderiam desestabilizar o controle da inflação e a política monetária do país,” explicou Aral.
Além disso, no cenário doméstico, o Banco Central divulgou resultados negativos para as contas do setor público consolidado de maio, registrando um déficit primário de R$ 63,9 bilhões. Este aumento no déficit contribuiu, portanto, para o pessimismo do mercado, já preocupado com a trajetória fiscal do país.
O conjunto de fatores, tanto políticos quanto econômicos, reforçou, contudo, a pressão sobre a moeda brasileira, resultando na alta significativa do dólar.
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