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Após 3 dias de ganhos, dólar encerra o dia com alta de 1,5% em meio a expectativas sobre o Fed e risco fiscal.
O dólar encerrou o dia em alta de 1,5%, revertendo os ganhos dos últimos três dias. O mercado acompanhou de perto as declarações do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, que indicou que os cortes de juros só devem começar no terceiro trimestre, frustrando as expectativas de uma redução em março.
Além disso, dados econômicos dos Estados Unidos, como a queda nos pedidos de auxílio-desemprego e a menor queda nas construções de moradias iniciadas, contribuíram para o fortalecimento do dólar. No cenário doméstico, o risco fiscal também pressionou a moeda, com o Tribunal de Contas da União alertando para a possibilidade de um déficit nas contas públicas de até R$ 55,3 bilhões.
Mercado cambial fecha a semana com dólar em alta de 1,5% em meio a incertezas sobre política monetária dos EUA e risco fiscal no Brasil
O mercado cambial encerrou essa quinta-feira com o dólar acumulando uma alta de 1,5%, após uma série de movimentos turbulentos. Apesar de ter subido novamente frente ao real e outras principais moedas nesta quinta, a moeda norte-americana perdeu força no final da sessão, seguindo a recuperação das bolsas de valores dos Estados Unidos.
A volatilidade do dólar nos últimos dias está relacionada a uma série de fatores, incluindo as expectativas em torno da política monetária do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos. O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, forneceu mais clareza sobre os próximos passos do banco central ao sugerir que os cortes nas taxas de juros provavelmente só ocorrerão no terceiro trimestre, contrariando as esperanças do mercado de uma ação mais imediata em março.
Além disso, indicadores econômicos norte-americanos surpreenderam positivamente, com uma queda nos pedidos de auxílio-desemprego e uma redução menor do que o esperado nas construções de moradias iniciadas em dezembro. Isso fortaleceu a perspectiva de uma economia dos EUA em crescimento, contribuindo para a valorização do dólar.
No contexto doméstico, o risco fiscal no Brasil também exerceu pressão sobre o câmbio. O Tribunal de Contas da União (TCU) alertou o governo sobre a possibilidade de não atingir a meta fiscal zero e estimou um déficit nas contas públicas de até R$ 55,3 bilhões para o ano.
Além disso, os investidores aguardam o desfecho de uma reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara, Arthur Lira, para tratar de questões relacionadas à Medida Provisória da reoneração da folha de pagamento.
No fechamento do mercado, o dólar à vista registrou uma leve alta de 0,02%, encerrando o dia a R$ 4,9311, enquanto o dólar futuro para fevereiro caiu 0,14%, chegando a R$ 4,9390. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a outras moedas, teve alta de 0,07%, atingindo 103,521 pontos. O euro caiu 0,19%, negociado a US$ 1,0862, enquanto a libra subiu 0,07%, alcançando US$ 1,2686.
Mercados de ações em NY têm dia positivo com Nasdaq em alta histórica e Apple se destacando após recomendação de compra
Nesta sessão, as bolsas de valores em Nova York apresentaram um desempenho notável, com destaque para o índice Nasdaq, que atingiu uma máxima histórica. O Nasdaq avançou 1,35%, fechando em 15.055,65 pontos, impulsionado pelo vigoroso desempenho da fabricante taiwanesa de chips TSMC. Essa reviravolta positiva ocorreu após um início de semana desafiador para as gigantes de tecnologia, as chamadas big techs.
Um dos principais impulsionadores do Nasdaq foi a Apple, cujas ações subiram 3,26%. Essa alta significativa ocorreu em resposta à recomendação do Bank of America, que elevou a classificação das ações da Apple de “neutra” para “compra”. Esse movimento positivo da gigante da tecnologia teve um impacto considerável na performance geral do mercado de ações.
O Dow Jones também registrou ganhos sólidos, encerrando o dia com uma alta de 0,54% a 37.468,61 pontos, enquanto o S&P500 avançou 0,88%, fechando em 4.780,94 pontos. Vale mencionar que as ações da Boeing também tiveram um dia positivo, com um aumento de 4,21%, marcando uma recuperação após perdas recentes.
Apesar do otimismo nos mercados, os investidores continuam atentos à questão do afrouxamento monetário nos Estados Unidos, à luz das declarações mais conservadoras dos dirigentes do Federal Reserve (Fed) e dos dados econômicos positivos do país. Os rendimentos dos Treasuries apresentaram movimentos mistos, com o juro do T-bond de 30 anos subindo para 4,368%.
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