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O dólar cai após estímulos na China, mas acumula ganhos na semana, com expectativas de alta de juros nos EUA.
Nesta sexta-feira, o dólar teve uma leve queda devido à nova onda de estímulos na China, que impulsionou a recuperação das commodities. Os governos de Xangai e Pequim flexibilizaram as regras de investimento estrangeiro direto (IED), visando atrair empresas e apoiar a recuperação econômica do país. Apesar dessa queda pontual, o dólar americano registrou ganhos ao longo da semana.
O cenário futuro ainda aponta para uma tendência de alta, com membros do Fed reiterando a possibilidade de futuras altas nas taxas de juros. Suzan Collins, presidente do Fed de Boston, destacou que não descarta novas elevações nos juros, enquanto a diretora do Fed, Michelle Bowman, afirmou que manter taxas restritivas é necessário para controlar a inflação.
Dólar fecha em leve queda após estímulos na China, mas perspectiva de alta de juros nos EUA persiste
O dólar americano teve uma pequena correção nesta sexta-feira, registrando uma leve queda em relação ao real brasileiro. A principal influência para essa correção foi uma nova rodada de estímulos econômicos implementada na China.
Os governos municipais de Xangai e Pequim anunciaram medidas para flexibilizar as regras de investimento estrangeiro direto (IED), na esperança de atrair empresas estrangeiras e apoiar a recuperação econômica do país. Essa iniciativa chinesa impulsionou os preços das commodities, o que contribuiu para a redução da demanda pelo dólar como ativo de refúgio.
No entanto, é importante ressaltar que, apesar dessa correção pontual, o dólar ainda acumulou ganhos ao longo da semana. O viés para as próximas semanas continua apontando para uma tendência de alta. Membros do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, enfatizaram que a pausa no aperto monetário durante sua última reunião não significa o fim do ciclo de aumento das taxas de juros.
Suzan Collins, presidente do Fed de Boston, destacou que não descarta a possibilidade de novos aumentos nos juros, concordando com as projeções que indicam a necessidade de manter as taxas elevadas por mais tempo.
Michelle Bowman, diretora do Fed, também enfatizou a importância de manter as taxas restritivas para controlar a inflação e destacou a possibilidade de futuras elevações nas taxas. No fechamento do mercado, o dólar à vista registrou uma queda de 0,05%, sendo cotado a R$ 4,9325, enquanto ao longo da semana acumulou uma alta de 1,26%.
O dólar futuro para outubro também apresentou uma leve queda de 0,09%, atingindo R$ 4,9370. É importante observar que o cenário internacional também desempenhou um papel, com o índice DXY subindo 0,23%, atingindo 105,601 pontos, enquanto o euro e a libra registraram desvalorização em relação ao dólar dos EUA.
Comentários do Fed e incertezas econômicas geram oscilações nos mercados em Nova York e no Brasil
Nesta sexta-feira, os mercados financeiros vivenciaram um dia de intensa volatilidade tanto em Nova York quanto no Brasil. As bolsas em Nova York, representadas pelo Dow Jones, S&P500 e Nasdaq, não conseguiram manter o otimismo inicial e encerraram a sessão em queda. Essa reversão foi desencadeada por comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, que reiteraram a postura mais conservadora manifestada no comunicado da quarta-feira anterior.
O índice Dow Jones registrou uma queda de 0,31%, encerrando o dia com 33.963,84 pontos, enquanto o S&P500 recuou 0,23%, fechando aos 4.320,06 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,09%, encerrando aos 13.211,81 pontos. Ao longo da semana, esses índices acumularam perdas significativas, de 1,89%, 2,93% e 3,62%, respectivamente.
Nos mercados de títulos do governo dos EUA, os retornos dos Treasuries também diminuíram em resposta à busca por ativos considerados mais seguros. O juro do T-bond de 30 anos caiu para 4,517%, enquanto o da T-note de 2 anos ficou em 5,096%.
No cenário brasileiro, o pregão também foi marcado por volatilidade. O Ibovespa, principal índice da B3, tentou uma recuperação ao longo do dia, mas acabou seguindo a tendência global e fechou com uma queda de 0,12%, atingindo 116.008,64 pontos. Ao longo da semana, o Ibovespa acumulou uma queda de 2,31%. O volume financeiro negociado foi notavelmente menor do que a média diária de agosto, totalizando R$ 17,6 bilhões.
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