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O dólar fecha em leve alta devido ao aumento do risco fiscal após revisão do déficit para 2023.
O dólar encerrou o dia em uma leve alta em relação ao real, refletindo a preocupação com o risco fiscal no Brasil. Isso ocorreu após o governo revisar a expectativa de déficit primário para 2023, elevando-o de R$ 141,4 bilhões para R$ 177,4 bilhões em seu relatório bimestral de despesas.
Essa mudança nas projeções aumentou as dúvidas sobre a capacidade do governo de cumprir a meta de déficit zero no próximo ano. Apesar de ter iniciado o dia em queda devido às declarações otimistas do presidente do Banco Central sobre a inflação e as possíveis reduções da taxa de juros, o dólar se recuperou devido às preocupações fiscais. Além disso, a aprovação de um projeto de tributação de fundos offshore pelo Senado também afetou o mercado cambial. Internacionalmente, o dólar estava em alta em relação a outras moedas devido às incertezas em torno da política monetária nos EUA e aos anúncios de estímulo econômico no Reino Unido.
Risco fiscal no Brasil preocupa e impulsiona o dólar
O mercado financeiro brasileiro enfrentou um dia de turbulência, com o dólar fechando em leve alta em relação ao real. O principal motivo por trás desse movimento foi a revisão do déficit primário para 2023 pelo governo brasileiro. O relatório bimestral de despesas trouxe a notícia de que o déficit previsto aumentou de R$ 141,4 bilhões para R$ 177,4 bilhões, o que gerou preocupações quanto à capacidade do governo de cumprir sua meta de déficit zero no próximo ano.
A moeda norte-americana iniciou o dia em queda, impulsionada pelas declarações otimistas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a trajetória da inflação e a possibilidade de redução da taxa de juros a partir de março de 2024. No entanto, essa tendência foi revertida no meio da tarde devido às preocupações com o cenário fiscal.
Além disso, o mercado recebeu com alívio a aprovação de um projeto de tributação de fundos offshore e exclusivos na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Essa medida trouxe algum conforto aos investidores e contribuiu para limitar a alta do dólar.
No cenário internacional, o dólar também se fortaleceu em relação a outras moedas, especialmente a libra esterlina, devido aos anúncios de estímulo econômico feitos pelo ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt. As medidas incluíram cortes de impostos e aumento do salário mínimo.
O dólar à vista fechou em leve alta de 0,07%, a R$ 4,9017, após oscilar entre R$ 4,8781 e R$ 4,9198. Às 17h01, o dólar futuro para dezembro subia 0,07%, a R$ 4,9055. Lá fora, o índice DXY tinha alta de 0,36%, aos 103,934 pontos. O euro caía 0,26%, a US$ 1,0882. E a libra recuava 0,38%, para US$ 1,2489.
Expectativas de recuo no aperto monetário impulsionam alta em NY
Nas últimas horas de negociação antes do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, os mercados de ações de Nova York registraram um fechamento em alta moderada. Isso ocorreu em meio às expectativas de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) possa começar a recuar nas políticas de aperto monetário a partir de maio de 2024, o que trouxe otimismo aos investidores.
Um dos principais destaques do dia foi a ação da Nvidia, uma empresa de tecnologia líder, que teve um desempenho menos favorável. As ações da Nvidia encerraram o dia com uma queda de 2,46% após a divulgação de seu balanço trimestral. Embora a empresa tenha reportado um lucro de US$ 9,24 bilhões no terceiro trimestre de 2023, ela também emitiu um alerta de que as restrições às exportações impostas pelo governo dos EUA poderiam impactar negativamente suas vendas no quarto trimestre na China.
Nos mercados de índices, o Dow Jones subiu 0,53%, atingindo a marca de 35.273,03 pontos, enquanto o S&P500 ganhou 0,41%, encerrando em 4.556,62 pontos. O Nasdaq também apresentou alta de 0,46%, fechando o dia em 14.265,86 pontos.
No mercado de títulos do governo, os rendimentos dos Treasuries tiveram movimentos mistos. O juro do T-bond de 30 anos caiu para 4,546%, enquanto o da T-note de 2 anos subiu para 4,886%. O juro da T-note de 5 anos avançou para 4,4157%, e o da T-note de 10 anos subiu para 4,406%.
Os investidores estão de olho nas ações do Federal Reserve e nas políticas monetárias que serão implementadas nos próximos meses, à medida que a economia dos EUA continua se recuperando da pandemia. O feriado de Ação de Graças oferece um momento de reflexão sobre os rumos dos mercados e da economia no próximo ano, enquanto os investidores aguardam novos desenvolvimentos.
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