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No horizonte financeiro do Brasil, uma revolução está se formando, e seu nome é DREX. Segundo a professora do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera, Ma. Valéria Vanessa Eduardo, a sigla que combina as letras “D” e “R” de Real Digital, o “E” de Eletrônico e o “X” de modernidade e conexão representa mais do que apenas uma moeda digital. É uma promessa de transformação profunda na maneira como conduzimos transações comerciais, compras e vendas de ativos.
“Diferente das criptomoedas, o DREX é uma moeda emitida pelo Banco Central, evoluindo a moeda física para uma forma eletrônica inovadora. Isso significa que nossa relação com os bancos não sofrerá mudanças drásticas. Continuaremos a ter contas correntes, usar o PIX e todas as nossas atividades financeiras habituais. A diferença reside na integração dos princípios das criptomoedas, que permitem a transformação de ativos em tokens verificáveis, redefinindo como compramos e vendemos”, explica a professora.
Valéria aponta que o real digital traz como premissa diminuir o risco de contraparte em transações comerciais do Brasil.
“Risco de contraparte é a possibilidade de uma das partes envolvidas em uma transação financeira não cumprir sua obrigação contratual, causando perda para o outro lado. Por exemplo, se você compra um veículo e efetua um PIX, mas o vendedor não efetua o registro em seu nome, você sofre um risco de contraparte. Assim, para garantir confiança, às transações de compra e venda, especialmente no mercado de ativos como imóveis, veículos e investimentos, serão simplificadas. Os intermediários como DETRAN, B3 e cartórios, que tradicionalmente garantem a legitimidade das transações, cederão espaço a tokens digitais. Esses tokens, representando os ativos reais, agirão como garantias em transações. Imagine poder vender seu veículo diretamente a alguém, transferindo o token digital que representa seu automóvel com confiança e simplicidade”, orienta.
A professora destaca que uma característica notável do DREX é sua integração com contratos inteligentes (Smart Contract). “Esses documentos digitais executam automaticamente acordos predefinidos, eliminando intermediários e garantindo que as condições sejam cumpridas. Isso impulsiona a segurança jurídica e a eficiência nas transações comerciais”.
Os pontos positivos do DREX, segundo a professora, é que os riscos de contraparte irão desaparecer, a segurança das transações é aprimorada e a burocracia é reduzida a um mínimo. O DREX está previsto para ser lançado ao público até o final de 2024, e é a representação digital do real, trazendo uma nova era de eficiência e confiança para economia.
Por fim, a professora elencou alguns pontos importantes sobre a nova moeda, confira:
– A relação das pessoas com os bancos não irá mudar.
– Não trará mudança nos pagamentos e sim nas transações de compra e venda.
– Não será permitido aos Bancos emprestarem a terceiros.
– Não terá rendimento automático.
– Haverá garantia de segurança jurídica, cibernética e privacidade nas operações.
– As operações com o DREX não serão gratuitas, pois estarão associadas à prestação de um serviço financeiro que irá gerar despesa e, de alguma forma, serão repassadas ao consumidor. Mesmo a operação não sendo gratuita, a automatização dos processos com o DREX irá trazer mais economia para o bolso do consumidor.
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