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O Copom deve manter a taxa de juros em 13,75% na reunião de setembro, de acordo com o Grupo Consultivo Macroeconômico da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Para a maior parte dos economistas, o processo de desinflação já foi iniciado, o que permite ao BC interromper o ciclo de alta da Selic.
O grupo revisou a projeção da inflação para este ano de 7,2% para 6%. Os riscos inflacionários, porém, continuam relevantes, sobretudo para 2023. Isso porque, conforme destacam os economistas, há a possibilidade de aumentos de impostos diante da situação fiscal, de elevação nos preços do petróleo devido aos efeitos da guerra na Ucrânia, além de uma desvalorização da taxa de câmbio em função da alta dos juros nos Estados Unidos. Uma potencial recuperação do PIB doméstico também poderia gerar pressões pontuais nos preços e estímulos à atividade doméstica.
O cenário externo, por sua vez, traz incertezas que favorecem um ambiente de maior aversão ao risco, o que pode comprometer o fluxo de recursos para os mercados emergentes. A sinalização do FED em colocar os juros no campo restritivo aumentou as chances de que a taxa final do ciclo de alta dos juros americanos ultrapasse o patamar de 4%, o que pode levar a economia para um quadro de recessão nos próximos trimestres.
Em relação à atividade econômica doméstica, os economistas revisaram a mediana da projeção de crescimento do PIB para este ano de 2% para 2,7%. O aumento deve-se, entre outros fatores, à melhora no resultado do PIB do segundo trimestre puxado pelo setor de serviços que, por ter bastante mão de obra, contribui para a redução na taxa de desemprego.
Confira o Relatório Macroeconômico da ANBIMA
O Grupo Consultivo Macroeconômico é composto por 25 economistas de instituições associadas à ANBIMA. Eles se reúnem a cada 45 dias, em média, sempre na semana que antecede a reunião do Copom, para analisar a conjuntura econômica e traçar cenários para os mercados brasileiro e internacional.
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